Jogador profissional

Uma vez,   conta-se,  como um episódio deveras interessante ocorrido com o jornalista Lustosa da Costa, no início da televisão, no Ceará, onde ele apresentavam um programa que, por tratar de inquirições políticas, tinha uma audiência tal que tornou o programa famoso. Era chamado ‘Política, Quase Sempre’.

Na época, Acrísio era acusado de jogar baralho, cartear e, naquele tempo, as pessoas censuravam, face a pregação da Igreja Católica, quem praticava o jogo de azar. Portanto, ser jogador profissional, àquela época,  era algo critícável e tinha, quem assim procedia, a reprovação da sociedade e da elite pensante.

Era um pouco de hipocrisia mas que, fazia perder votos e apoios isto fazia!

Hoje ninguém se sensibiliza sequer com desvios de conduta muito mais graves.

E Acrísio foi ao programa, que tinha toda uma encenação. Para ficar mais dramático Lustosa não encarava direto o entrevistado, e o indigitado, parecendo um acusado, ficava em uma cadeira no meio da sala, e a voz vinha de lá e perguntava:

“Senhor Acrísio Moreira da Rocha, é verdade que o senhor é jogador profissional?”

E Acrísio, com muita tranqüilidade, respondeu:

“Meu caro Lustosa, no meu tempo de esporte, não havia profissionalismo. Nem sequer havia esse amadorismo marrom que existe hoje em dia. Eu era ponta-direita do ‘América’ e nunca recebi um centavo para jogar. Aliás, eu ajudava, com dinheiro,  até o time para pagar os funcionários”.

E, acabou-se a tentativa de buscar pegar Acrísio Moreira da Rocha como grande jogador de baralho.

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