PARA ONDE VAI O PAÍS?

 


O fim de semana parece ser o momento ideal para uma reflexão critica sobre que caminhos serão percorridos pelo Paîs depois dessa sequência de eventos que, com certeza, tendem a   estimular pensar e imaginar cenários negativos, aparentemente!  Vive o Brasil uma situação de perplexidade e de confusão pois não se sabe em que e em quem acreditar e quais possíveis caminhos irá seguir o País e as suas instituições.

Os escândalos, pelo que se nota, não mais escandalizam na dimensao que ocorria até bem pouco tempo atrás. Agora, o que estå mais presente e em cena ē o jogo de poder e de interesses políticos que se ampliou e se aprofundou na proporção em que  Lula e o PT sentiram que Temer, provavelmente, não terá capacidade de resistência para aguentar o rolo compressor das acusações, denúncas e pressões de toda ordem. E, sendo assim, dado o vazio de nomes e de homens, o PT busca amparar-se nos 30% de preferência popular sobre o nome de seu lider maior para organzar, via eleição indireta, sua volta ao poder.

O PSDB, o PP, o DEM e, a parte mais conservadora do PMDB, abatidos, politica e eleitoralmente pelo caudal de denúncias, de toda ordem e sem dispor de opções para a disputa de uma eleição,  mesmo sendo indireta, agora, parecem preferir reforçar e articular um apoio ao constitucionalmente legitimo substituto de Temer, no caso Rodrigo Maia. Não apenas para que ele cumpra a obrigação de substituição do presidente por trinta dias, mas para a possibilidade de o mesmo ficar no poder até a eleição de 2018. O temor maior é que, segundo estudos recentes, publicados por instituiçóes acreditadas,  o País que, até bem pouco, era deveras conservador, mostra-se rachado ideologicamente, num meio a meio deveras preocupante diante da insatisfação, da frustração e do desencanto com os 14,5 % de desempregados e com a queda significativa da renda real disponível das famílias e com o desânimo e a desesperança da maioria dos brasileiros.

Será que, para um PSDB onde os “cabeças brancas” passaram ou foram superados pelos fatos, circunstâncias  e avaliação dos seus mais ativos membros e  eleitores,  os jovens “cabeças pretas”, hoje majoritários no partido,  não sonham com a possibilidade de assumir a presidência contando com sua história recente e o seu possível sucesso e qualificação? Mesmo  que represente uma hipótese pouco provável, pois o PSDB “não vale quanto se pretende dizer, pesar” e, qualquer politico na posição de Temer, com o que gasta com o partido, “compraria” o apoio de duzentos deputados de partidos pequenos, os jovens políticos do partido  pretendem agregar mais um ingrediente a colocar confusão no processo politico atual.

É talvez por tal razão que os vários segmentos politicos, midiáticos, empresariais  começam a se articular em favor de Rodrigo Maia porquanto representa ele, nas atuais circunstâncias, a opção mais viável para não se produzir uma discontinuidade, de dimensões imprevisíveis  e não imagináveis, no processo de reconstrução econômica e reorganização  das finanças públicas nacionais. A política econômica vai sendo muito bem conduzida e mostrando resultados já dignos de comemoração, até agora. Os resultados de inflação, juros e câmbio mostram que os fundamentos da economia foram, como que, devolvidos ao País, gerando a tranquilidade e a segurança tão necessárias ao ambiente econômico para permitir a retomada e a recuperação  da atividade produtiva nacional.

Se isso não bastasse, as recentes safras agrícolas recordes, os excepcionais resultados acançados pela balança comercial e o volumoso e crescente ingresso liquido de recursos externos, dão a sensação de que a economia vive um mundo à parte da política e, mesmo que venha a ter o país três presidentes em uma ano e meio, tal fato não criará a temida instabilidade institucional com significaticos efeitos danosos sobre a atividade produtiva nacional. A economia parece descolada da política e o Brasil dá a sensação de que assume uma postura a la Itália. Ou seja, o governo pode mudar mas agora é possível manter a política econômica e as demais políticas públicas e, portanto, as coisas continuarem como “Dantes no Quartel de Abrantes”!

Quando as pessoas veem e sentem que os preços não sobem mais; que a conta de luz e os combustíveis cairam de preço; que o desemprego deixou de crescer; que a industria cresceu 4% em relação ao mesmo mês do ano passado, após seis anos seguidos de resultados negativos; que a Petrobras começa a mostrar sinais de recuperação  diante da hecatombe que ali se instalou; que os bancos públicos e os fundos de pensão já ensaiam toda uma retomada de ação mais criteriosa; que os programas sociais tem os seus desvios, mal uso e corrupções enfrentados, as pessoas voltam a crer que as coisas podem dar certo e o País estaria, provavelmente, se concertando.

Na verdade a conclusão que se tira é a de que, mesmo com esse quadro de denúncias, de delações e de prisões  e, as vezes, controversas decisões de “prende e solta”, de figurões ou mesmo de figurinhas, as denúncias não mais representam um libelo contra quem quer que seja. Por outro lado, as reações do Ministério  Público não são mais matéria de primeira página dos jornais e nada mais hoje parece surpreender e nada mais parece gerar estupefação! E, pasmem, os brasileiros! Apesár de todos os pesares e do pessimismo que ainda paira no ambiente, mesmo assim, as pessoas continuam a se orgulharem de seus símbolos nacionais  e a vibrarem com os êxitos de seus esportistas, embora o humor sofra, deveras, com o estado de espírito instalado no coração dos brasileiros,

Assim, se Temer sai na próxima semana ou não; se Rodrigo Maia jå tem o manifesto apoio do PSDB e dos partidos mais conservadores ou não para assumir o poder; se ele já manifesta a postura de afirmar que manterá a política econômica e os seus membros tal e qual ela hoje opera, caso tenha que assumir o processo; se já sofre, Rodrigo Maia, a manifesta oposição de Lula, é porque as coisas estão no caminho ou sendo preparada uma possível  transição mansa e pacífica de poder. Por outro lado, a manifestação de Moro sobre Lula, provavelmente tenderá a encaminhar nunca a sua prisão, mas, no máximo, se o script politico  for bem acertado, mas para uma providencial suspensão de seus direitos políticos como querem os conservadores pois só assim conseguirão manter o poder e “garantirão a tranquilidade institucional do Pais”! Ou não? Será esse o roteiro e os próximos passos do País ou Temer continuará sangrando por mais tempo?

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