PARA REFLETIR 1

O Governo tem uma pauta grande para bater o martelo com o Congresso até o final do ano. Às vezes a competência dos líderes governistas, aliada à solidariedade que os erros da oposição propiciam — sempre alguém tem alguma culpa no cartório e, a tendência é que, nestas horas, pecado venial é confundido com pecado mortal, colocando todos em um mesmo saco — faz com que, de repente, mais que de repente, as CPI”s das ONG”s e da Petrobrás, bem como as representações contra Sarney aqui ou acolá, passe a segundo plano pois “como se manifestaram alguns parlamentares”, está na hora de trabalhar. Para dois meses e meio de trabalho, além das inúmeras medidas provisórias na agenda, vêm assuntos como a tentativa de ressuscitar a famigerada CPMF; a votação do PL 29 e a regulamentação do FUST, cruciais para regrar espaços e atuações de tv’s abertas, tv’s por assinatura, conteúdo, etc.; a votação do Orçamento Geral da União, mais otimista, em termos de receita do que o Ministro Mantega em termos de crescimento do país; além da questão do momento, que são os quatro projetos que estabelecem o marco regulatório da exploração do pré-sal. Claro que, no caso do pré-sal, até os opositores tem cautela na avaliação da proposta, apoiando-a, como já fizeram Serra e Aécio e, apenas acrescentando alguns pequenos adendos do tipo: por que só garantir 30% para possível participação de investidores nacionais e estrangeiros? Por que elevar a mais de 50% a participação do estado no controle da Petrobrás? E por que o Fundo Social não é gerido mais democraticamente via um conselho onde participam governos federal, estaduais e municipais, além de representantes da sociedade civil, particularmente empresários e trabalhadores?

Como cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, as oposições, escaldadas com a postura que assumiram frente ao bolsa família, agora falam em governo pós Lula,  no aperfeiçoamento de mecanismos já criados e até numa substancial melhoria de eficiência dos programas sociais. E diante de um período pré-eleitoral, antevéspera de um pleito
complicado — pois são como que eleições gerais onde as disputas majoritárias, os acordos partidários para apoio aos candidatos a Presidente da República irão influenciar, bastante, as atitudes dos parlamentares que buscam o seu retorno às  duas Casas– é mister tentar entender como se comportarão os representantes do povo e da Federação.

Serão princípios gerais a serem seguidos:

a.  não desagradar as bases, no caso os prefeitos, os líderes que controlam vereadores bem como os governadores ou setores de oposição a tais governadores a que estejam ligados os parlamentares, potenciais candidatos à reeleição;

b. não desagradar os potenciais financiadores pois, cada vez mais a eleição fica mais cara!

c.  para não ter que bater de frente com o governo federal, particularmente com Lula, avaliar, sobriamente, a relação custo/benefício das escolhas. Por exemplo, ficar contra a CPMF é bom para quem opera com as massas urbanas e formadores de opinião mas para quem opera nos grotões é irrelevante;
d. os que são apoiados por votos livres, soltos e nos centros formadores de opinião, não votar a favor de nada que os estigmatize ou que a população venha a lembrar daqui um ano.

e.  o que estiver passível de ser respeitado de suas ditas bandeiras eleitorais, sem um confronto desnecessário com os donos do partido ou com quem vai liberar emendas, verbas e empregos essenciais. Caso contrário, às favas com tais compromissos, pois se nem os partidos os cumprem quanto mais o pobre do parlamentar!

BRASIL É UMA FESTA!

O Rio de Janeiro foi escolhida, não a mais bela cidade do mundo, o que seria mais que normal e natural. Mas, pasmem, os que tem medo de violência, de bala perdida, de esperteza e de leniência com relação a todas as regras da boa convivência, O belo Rio foi escolhida a cidade mais feliz do mundo, segundo uma pesquisa entre 10 mil pessoas em 20 países. É sério. Isto só foi possível porque aqui tudo é festa. O Carnaval é o maior espetáculo da terra. Os jogos Pan-americanos do Rio foram os melhores da história. No futebol somos os reis
da cocada preta. No volley, estamos prá lá de Bagdá. Até o basket se redime. O pré-sal vai nos colocar, rapidamente, no primeiro mundo, por cima de pau e pedra. E, por cima de tudo, Lulinha, paz e amor, segundo Obama, é o cara que é capaz de rejeitar até prêmio nobel da paz ou o que seja. Portanto, para que se preocupar com o futuro, definir políticas públicas de longo prazo, reduzir estrangulamentos na infra=estrutura logística, revolucionar a educação, produzir ciência e tecnologia, se Deus é brasileiro e a sorte está do nosso lado? A hora é de celebrar. Portanto, nada melhor que virarmos ou todos baianos ou todos cariocas que aí, o diploma de povo mais feliz do mundo não ficará só com o Rio. Mas com todo o país.

A MUDANÇA DO DISCURSO!

A possível entrada de Marina Silva nas corrida presidencial já alterou muita coisa no cenário não só político mas na agenda do País. Politicamente ressuscitou Ciro,  fez Aecinho acreditar que ele será o candidato; repaginou Dilma e, até, pasmem, gente no PMDB defendendo a idéia de que o partido poderia ter candidato próprio. Mas, a mudança mais importante foi na agenda dos tópicos que serão objeto de discussão a partir de agora. O governo federá lançará dois PACS: o da mobilidade, destinado a concluir metrôs e outros meios de locomoção nas áreas urbanas e o PAC do meio ambiente. Até a questão ética e de preservação de valores e de conduta mais respeitável, pelos políticos, tomarão conta das discussões. Não é legal? Pena que só vá durar até o final do pleito, ano que vêem.A BOMBA E O PÓS-SAL

Sob a manchete ” Brasil já sabe fazer a bomba atômica”, os jornais deram amplo destaque, este fim de semana, a pesquisa, realizada pelo físico Dalton Ellery Girão Barrroso, do IME,   cientista cearense e, orgulho inclusive deste cenarista*.

Tal estudo criou uma enorme celeuma e até  uma situação de crise entre os Ministros Jobim e  Celso Amorim, além de ter provocado a ira da AIEA — Agência Internacional de Energia Atômica — porquanto a pesquisa do físico, desvenda os mistérios de uma ogiva nuclear americana, com todos os detalhes e equações físicas e matemáticas. E o físico conclui que hoje o Brasil não só sabe como construir a bomba como tem tecnologia avançada no processo de enriquecimento de urânio. E já o faz tendo tido, em 2004, um conflito com a AIEA que queria por que queria, conhecer todos os detalhes do processo brasileiro. O Brasil reagiu e a Agência pode conhecer o princípio mas não o processo. A coisa começa a preocupar os EUA e a AIEA pois que, após o acordo a ser assinado com a França, amanhã, para a transferência de tecnologia de construção de submarinos atômicos. Com isso, o Brasil fecha o circuito do domínio nuclear para uso pacífico. Claro que, com o domínio de todo o ciclo, o Brasil já disporá de todos elementos para produzir artefatos bélicos o que, estratégicamente, é uma fantástica rede de proteção relações com as grandes potências.  Portanto,  prova-se, mais uma vez, que Deus é brasileiro e a sorte persegue o Presidente Lula.

E A ARGENTINA FOI PRO SAL!  TAMBÉM COM MARADONA COMO TÉCNICO, AÍ NÃO DÁ NEM PARA COMEÇAR!