Scenarium de 04/07/08

Convenções municipais sem surpresas.

O resultado das convenções municipais realizadas no último final de semana foi o esperado. Qual seja, mostraram um quadro partidário sem perfil doutrinário, ideológico ou programático onde os interesses locais prevalecem sobre qualquer linha de pensamento ou de postura ética.

Cruzamento de “jacaré com cobra d’água”, ou seja, de PT e DEM, de PT e PSDB, etc. ocorreram a valer por todo o país e em alguns lugares bastante representativos.

É pena que não surja no horizonte uma perspectiva de reforma política e eleitoral capaz de substituir esse roteiro que é uma verdadeira farsa ao não dar transparência, seriedade, credibilidade e confiabilidade à classe e à atividade política.

“Tá tudo dominado!”

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Gilmar Mendes, uma postura oportuna e de respeito!

O desafio do Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, diante do estado policial que está se montando no país, é oportuno e exige uma legislação sobre abuso de autoridade.

Os “vazamentos” propositais para a mídia de relatórios preliminares, de início de levantamento sobre possíveis denúncias, entre outros, tem levado ao enxovalhamento do nome de pessoas honradas pelo país afora.

A crítica do Ministro se dirige ao Ministério Público e a Polícia Federal que se tornaram instâncias intimidatórias.

E o mais grave é que, fazendo uso de uma mídia irresponsável, em muitos casos, divulgam-se supostos fatos, fazem-se ilações, estimulam a dúvida e criam suspeições sobre a honra e a dignidade das pessoas.

Há quem diga que há uma “máfia” da mídia que se mancomuna com auditores, controladores e até com gente do Ministério Público para desenvolver factóides contra desafetos e, a partir daí, o MP instaura o “competente” inquérito.

Também na pátria do dossiê, do “fogo amigo” e do “esqueçam o que eu disse”, juntam-se o denuncismo e o estado policial.

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E a inflação, hein?

Até agora, só a gastança. A Previdência Social “come” 12% do PIB e não tem nenhuma proposta de reestruturação ou de reforma. A Bolsa Família foi aumentada em 8%. Os contratos de novos quadros para a União e o aumento a ser concedido a servidores civis e militares vai ajudar na combustão onde a inflação provocada por fatores externos é aumentada pela gastança interna. E o Ministro diz que a inflação é provocada pela mídia!

E ainda se fala em Fundo Soberano ao invés de estabelecer logo o Superávit Primário em 5.5% e, “estamos conversados”.

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O Mercado de Capitais no Brasil.

A Audiência Pública promovida pela Comissão de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e pela Comissão de Finanças e Tributação foi uma das mais profícuas e das mais bem conduzidas pela Câmara dos Deputados. Tanto é que se propôs e, foi aceito, fazer uma plaqueta com todos os depoimentos dos participantes.

A nova bolsa – BMF/BOVESPA – representada pelo seu Presidente do Conselho de Administração, mostrou o orgulho brasileiro de mostrar uma expansão sólida, confiável e conseqüente que hoje a coloca como a terceira bolsa do mundo. Gilberto Mifano, Presidente do Conselho e Edemir Pinto, Diretor Geral da Bolsa, participaram, desde os primeiros momentos, da construção desse instrumento notável de alavancagem do crescimento econômico. E, graças a Deus, não só o Executivo tem gente de percepção da importância do instrumento para o crescimento como já há uma cultura na no Congresso Nacional de consciência da importância das mesmas para o país!

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Emenda 29

Parece que a CSS vai subir no telhado. Ninguém quer votar o último destaque agora e, dessa forma, só se concluirá a votação em agosto. Como os deputados não podem liberar emendas no período eleitoral, não há mais o que negociar. Ou haverá?

O Senado, com certeza, mesmo com os seus 23 suplentes, deverá derrubar a recriação da CPMF. Bom para o país e bom para a sociedade.

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Novo mercado!

Instrumento de valorização e de credibilidade das bolsas, o novo mercado, pela introdução de novos conceitos de governança corporativa, fez com que 70% dos IPO’s da Bovespa tenham sido adquiridos por fundos internacionais e institucionais. Se os juros aumentaram lá fora; se cuidarmos da meta de inflação; se garantirmos a segurança jurídica e se a gastança não comprometer o desempenho do setor público, aí sim, vamos agregar muito investimento externo.

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