SOLIDARIEDADE NA TAILÂNDIA! UM POUCO DE SONHO PARA O BRASIL!

Perdeu-se a Copa e frustraram-se as esperanças do país do futebol! Mas, em troca, assistiu o mundo o mais expressivo exemplo de solidariedade para com um grupo de crianças tailandesas perdidas e, depois, sitiadas, numa inóspita caverna! O mundo assistiu, desesperado, o drama daqueles jovens lutando pela sobrevivência em uma situação hostil e, pelas possíveis condições que ameaçavam, de maneira a quase levar, aos que conduziam o processo de “libertação” dos pequenos, a uma situação desesperadora. Mas, “Deus que é bom, Deus que é pai e Deus que é perfeito”, orientou, a tempo e a hora, dirigentes políticos, mergulhadores e colaboradores internacionais, com vistas a estruturar uma estratégia de salvação das crianças que culminou na mais exitosa empreitada salvacionista que se tem conhecimento nos últimos anos.

Se os brasileiros viram-se frustrados com a despedida antecipada de sua seleção da Copa,  o que ocorreu na Tailândia, fez ver aos brasileiros que ainda existem alguns valores fundamentais da convivência humana que ainda são respeitados e, algumas vezes, praticados. E isso reanima os brasileiros a acreditar de que ainda é possível imaginar um tempo novo de sonho e de esperança diante do pessimismo e do desencanto que domina mentes e almas brasileiras. O que se imagina é que, os patrícios, independentemente das atuais circunstâncias econômicas, da pobreza de sua classe política e das profundas limitações de suas elites, a brasileirada vai acordar e apostar num novo tempo.

E, quando virá esse novo tempo? É difícil antecipar pois as circunstâncias atuais e o que se plantou nos últimos anos de desconforto, de desentusiasmo e de desânimo, leva a uma descrença generalizada nas possibilidades de construção de um tempo novo que se assemelhe ao Brasil que os brasileiros estavam acostumados a sonhar. O Brasil que começa a surgir e a perder o complexo de inferioridade nos anos cinqüenta, quando o acaso deu aos brasileiros a Copa do Mundo de futebol de 1958; que deu o gęnio de Pelé e companhia; quando  fez os brasileiros respeitados por alcançar as glórias mundiais do esporte dos brancos, com as conquistas de Maria Esther Bueno; ou quando fez os patrícios aparecer para o mundo como campeões mundiais de basquetebol.

E, não era só isso para mexer com os brios, com a auto-estima e com o orgulho da brasileirada. Surgia o Brasil para o mundo com a criação de um novo ritmo, a bossa nova e a grandeza nacional se afirmava com o fenômeno de uma nova arquitetura como a de Brasilia. Aí o País começou a acreditar na sua grandeza e no seu tamanho com obras de infraestrutura das dimensões de Furnas, de Três Marias e das obras destinadas a redimir o Nordeste — SUDENE, o açude Orós, entre outros — além do início da descoberta do CentroOeste e do futuro da exploração da fronteira agropecuária daquela mesma região. Isso sem pensar no que se começaria a se fazer quanto a descoberta da Amazonia e do seu potencial econômico nas suas várias dimensões, além da implantação de uma promissora indústria automobilística que abria novos horizontes à industrialização  nacional.

Como se recriar um novo tempo para que a chamada hoje oitava economia do mundo volte a acreditar no seu papel e na sua importância para os brasileiros e para o mundo? Como fazer com que os brasileiros abandonem o pessimismo, a indignação e a revolta e reverta tal rebeldia na crença em seu poder de entusiasmo e de estímulo para recriar o clima que o País experimentava, até bem pouco, quando acreditava que chegaria, já e já, a superar a própria Inglaterra e, tornar-se a quinta economia do mundo? Será possível reverter todo esse clima atual, modorrento e cansativo e voltar a ser o país da alegria, do futebol, do carnaval que tanto interesse despertava nos estrangeiros?

Será que os brasileiros não serão mais capazes de recuperar esse clima e voltar a ser o que eram? Será que é pedir muito ou desejar muito, para esse país tem tudo para dar certo?

 

 

 

 

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