TEMER HÁ QUE LEMBRAR QUE A VAIA É O APLAUSO DOS QUE NÃO GOSTARAM!

Michel Temer parece se sentir incomodado com os protestos contra seu governo em face do fato de que, até agora, não ocorreu uma reversão de expectativas na economia e os dados positivos sobre a atividade ainda são tímidos e isolados. Na verdade, quando os indicadores de desemprego são anunciados e se antecipam comportamentos previsíveis da retração da economia nos próximos meses, parece que o Presidente se angustia na proporção em que seus opositores buscam atribuir a culpa da crise ao seu governo.

Claro que a Oposição faz o seu papel e tal reação era esperada pois, defenestrados do poder, tendo os seus principais líderes ou presos ou réus em vários processos, além de muitos, denunciados, enfrentando Lula e o partido um duro desgaste em todos os segmentos da sociedade, demonstrável pelo presumido pífio desempenho nas eleições municipais, a tendência era a exacerbação do chamado “jus sperniandi” que é exercitado de todas as formas e de todas as maneiras.

Aliás, a derrota histórica do PT  nas urnas revelam, muito além do que a debacle de um projeto de poder mas, o fim de um discurso que se presumia ético e capaz de responder as expectativas de um população, exausta detanta demagogia barata e tanta proposta indecente. Acabou com as suas lideranças mais expressivas, reduziu a sua expressao nos centros urbanos, o seu domínio quase hegemônico no Nordeste e deixou de ser capaz de estimular, promover e patrocinar grandes mobilizacoes populares!

E se Temer tiver o diagnóstico correto do quadro, todo esse temor, esse “sobrosso” e essa angústia diante das criticas, pressões, mobilizações e manifestações e os gritos de “Fora Temer”, devem acabar pois agora acertaram “a jararaca não mais no rabo, mas na cabeça”. E, não foi obra do Juiz Sergio Moro mas da própria frustração e desencanto da sociedade, ao demonstrar que as manifestações são inexpressivas e com muito pouca representatividade no conjunto da população. Agora o que resta a Temer é deixar que um bom marqueteiro mostre à população o tamanho da crise mas sempre pontuando que a solução é tal ou qual e que, um pouco de paciência, se chega lá pois a crise é monumental.

E Temer hå que entender que os seus opositores continuarão a processar a sua atuação  através de uma pororoca de recursos e mandados judiciais de todo jaez, além da  incisiva presença crítica no Congresso e  da  mobilização de estudantes e trabalhadores em manifestações de rua. Tudo isto, aliada a uma utilização intensa das redes sociais para críticas, bem como para mobilização de militantes com objetivo de realização de tais manifestações públicas, demonstra a persistência e a determinação dos opositores do governo Temer.

O último pronunciamento de Temer em São Paulo foi uma espécie de desabafo e uma busca de mostrar, a todos e a todas, que a crise que ele encontrou foi a maior da história do país e que, os números do déficit deste ano, o previsível para o próximo ano e o rombo desesperador da Previdência Social. E, é crucial demonstrar que toda essa herança maldita, está sendo enfrentada, nos limites do possível, buscando não levar mais sofrimento as milhões de famílias que amargam o desemprego e a redução de sua renda.

Michel não deve apenas buscar mostrar que a crise não deve ser atribuída a ele e sim ao governo passado. Deve, mais que isso e, acima de tudo, demonstrar quais as medidas de controle dos gastos públicos, de limitação da expansão da dívida pública interna, de controle dos abusos praticados nos programas sociais, da constatação  e compromisso de combate aos desperdícios e as ineficiências de toda ordem, estão  sendo enfrentados com determinação, aguardando apenas que o Congresso tenho o senso de responsabilidade para apoiar as medidas que precisam ser votadas e aprovadas pelas duas Casas.

Além disso caberá ao governo, não apenas acenar com o futuro mais promissor mas ousar com programas de compensação social com vistas a reduzir o impacto que o desemprego tem propiciado sobre a renda das familias dos trabalhadores, de um modo geral.  É por isto que urgenciar a flexibilização da legislação trabalhista representa prioridade maior. Reimplantar os antigos programas de frentes de trabalho nos municípios nordestinos afligidos pelas secas, seria uma providência emergencial de relevância extraordinária.

A retomada dos financiamentos às empresas,  de modo mais flexível, atrativo e com taxas de juros mais interessantes, aumentando limites de operações e criando  a figura do seguro para  pretendentes de financiamento com mais de 70 anos, seria providência salutar. Linhas especiais de crēdito destinado a reestabelecer o equilíbrio das contas das empresas, de todos os portes, viria a calhar nesse momento de recuperação da economia. No mais, um marketing de gestão, criando expectativas otimistas cairá bem neste momento.

Michel Temer há que repetir um notável homem publico que, injustamente vaiado, pronunciou a frase-titulo desse comentário: A VAIA É O APLAUSO DOS QUE NÃO GOSTARAM!

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