E NÃO FOI O QUE OS BRASILEIROS QUERIAM E ESPERAVAM!

E agora, o que os brazucas vão poder esperar ou acreditar? O cenarista aguardava e, quase tinha convicção de que o segundo ganharia do sexto, segundo o ranqueamento da FIFA. A propósito só para lembrar: o Brasil é o segundo melhor time do mundo e a Suíça, o sexto! E,  mais ainda,  a defesa brasileira, sendo uma das mais sólidas do mundo, não se posicionaria de tal forma a dar chance a um gol de cruzamento da Suíça. É claro que a atuação apagada de Neymar, a ausência de Paulinho em campo, os equívocos de Marcelo contribuíram para o resultado do primeiro jogo do Brasil na Copa. E isto adia a recuperação do humor, das esperanças e de um pouco de otimismo que o País tanto precisa para sair desse quadro de desencanto em que se encontra!

Mas, o que fazer? Esperar e aguardar que, a partir do jogo com a Costa Rica o time deslanche, os talentos despertem e a confiança se reestabeleça? Alguém menos impiedoso na crítica poderia dizer que todos os ditos favoritos, à exceção da Espanha, não se saíram, na estréia, como esperado e, portanto, o Brasil não teria sido uma surpresa que devesse chamar tanta atenção. Discutir o que foi pior se o resultado ou o desempenho do Brasil não se sabe se ajuda a superar ou não as limitações do primeiro jogo. Chama a atenção o fato de que, comparativamente a Suíça, só um jogador brasileiro correu como os seus adversários, no caso, Philipe Coutinho considerado, pela crítica, o melhor jogador em campo. Os demais correram um pouco mais de 60% do que correram três dos principais jogadores suíços o que explicaria parte do desempenho.

Ou seja, é importante chamar a atençäo para o fato de que não se notou nervosismo de estreantes a comprometer o desempenho do time. O que se notou foi lentidão do grupo, mediocridade de alguns, falta de criatividade de outros e, diferentemente do que fizeram outros times quando buscam isolar e impedir que a genialidade de um Messi venha a prosperar, cercando-o com três marcadores, faltou competência a Tite para promover o inverso. Ou seja, buscar, por exemplo, proteger Neymar para que ele pudesse por em prática todo o seu futebol e desequilibrar o jogo com tido o seu talento. Seria isto possível se a Argentina, por exemplo,  não conseguiu fazer isso a Messi?  Talvez seja só uma miragem do cenarista sonhando que o resultado não tivesse sido o que se verificou.

Algo que o time não esteve preparado e, isto não se esperava, foi o desequilíbrio emocional que tomou conta do grupo após o gol de empate, desestruturando-o e permitindo que o time da Suíça crescesse no jogo. Isto não se pode permitir a uma seleção numa competição como a  Copa do Mundo. Na verdade espera-se que a semana permita ao grupo refletir sobre seus erros, equívocos e omissões e a Tite que busque as alternativas para levar o grupo a correr mais, a maior objetividade e a não ser surpreendido nas famosas chamadas bolas paradas. Se isto acontecer e, sendo Deus brasileiro e, também, sabendo quanto o país  precisa de um feito que possa mudar o humor de seu povo, acontecerá talvez esse processo de confirmação do que se imaginava que a equipe brasileira seria capaz de realizar.

Paciência e capacidade de saber esperar são virtudes essenciais para o bem viver e, no caso da Copa, fundamentais quando o imponderável representa elemento essencial nos resultados de tais eventos. Assim, acreditar, esperar e ser compreensivo com os possíveis equívocos, desde que não sejam muitos, representam premissas essenciais para que os êxitos possam ser alcançados. E, com certeza, o Brasil deverá chegar lá.

 

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