EXPECTATIVAS E POSSIBILIDADES!

O horizonte não favorece a que se alimente grandes esperanças de que o país encontre seu rumo e gere perspectivas alvissareiras para a população como um todo! Não existem bons ventos soprando na direção de alternativas de expansão e de crescimento dinâmico da economia e também na direção de bons movimentos políticos que antecipem um quadro de boas notícias no campo das possibilidades de transformação estrutural do País! Na verdade o quadro que se apresenta é um tanto quanto contraditório. As declarações do Presidente são pessimistas na proporção em que ele é confrontado com avaliações críticas a sua  forma de governar e, diante das restrições no gasto público, a economia praticamente não cresce. Aliás, está, até agora, a encolher!

Não obstante essas contradições, algumas medidas e propostas do governo, mesmo aquelas muito específicas e pontuais, estão sendo capazes de sensibilizar, a opinião pública e, publicada, positivamente!  Todas as ideias e propostas que vão na redução de privilégios, de gastos públicos imoderados bem como todas as ações e decisões que busquem reduzir as quase doações de dinheiro do poder publico a uns poucos privilegiados; tambem as qu visam diminuir os desperdícios ou o que alguns chamam de estímulo à corrupção, estão sendo objeto de discussão e de combate por parte do novo governo. Nenhum dinheiro é liberado sem uma avaliação crítica severa sobre os vazamentos, os exçessos e aquilo que aumentaria os desvios de tais meios de suas medidas ou providências ou de suas funções essenciais.

Cortar verbas da CAPES parece um contra-senso para um país que precisa estimular a pesquisa e os experimentos técnico-científicos e não pode sacrificar os seus projetos de investigação de toda ordem. Mas, a redução feita foi em cima do excesso de dotação orçamentária de tal forma a não comprometer todos os bolsistas que hoje já são assistidos pela entidade. O Bolsa Família sofreu também a redução de seu orçamento básico quando se descobriu que cerca de 500 mil beneficiários eram cidadãos que não atendiam aos critérios básicos para a participação no programa. Assim, examinandos os cortes de gastos, as reduções orçamentárias e os excessos e vazamentos ora combatidos diante do monumental déficit orçamentário previsto, não parece que tais providências venham a comprometer ainda mais o crescimento esperado do PIB. .

Medidas de austeridade não são nada simpáticas porquanto geram restrições, reduzem orçamentos e promovem cortes de programas e projetos afetando interesses ou cortando privilégios. E isso representa uma postura caracterizadamente  antipática e cria restrições a popularidade dos governos que as adotam. Mas são essenciais para arrumar “casas em desalinho” e criar as bases para a retomada do crescimento e da expansão da economia.

Assim, passa o Brasil por esse momento difícil porquanto a crise fiscal é muito séria, o endividamento público é muito grande e os graus de liberdade para uma expansão da economia são muito reduzidos. Assim, o difícil dever de casa é preparar as bases para a retomada do crescimento que só será possível com um seríssimo ajuste fiscal e, portanto, com a liberação de parte do orçamento para garantir uma boa alavancagem de investimentos públicos alem da liberalização da atividade produtiva das amarras que cerceiam as fontes de atração de investimentos privados, quer nacionais quer internacionais.

Assim o lançamento do programa de investimentos apresentado pelo já demitido  Ministro Santos Cruz, compreendendo 105 projetos ou iniciativas, representa algo a demonstrar que o governo parece saber o que quer e para onde vai. Ao lado disso, as ações propostas pelo Ministro Paulo Guedes, buscando a liberalização  da economia, o destravamento de segmentos de infra-estrutura e a desburocratização de  processos de autorização governamental para o desenvolvimento de determinadas atividades, são marcos essenciais para que se abram perspectivas para o crescimento do País, se não a níveis chineses, pelo menos próximos aos atuais níveis indianos!

 

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