O MITO SAI DE CENA!

Ao que parece, o que mais gerava instabilidade, preocupação e incerteza para os chamados formadores de opinião, quanto ao amanhã do Pais, passou! Com base em que se faz tão  peremptória afirmação? Isto porque “o mito” saiu de cena e não há mais possibilidade de seu retorno ou, para não ser tão  definitivo, são remotíssimas as probabilidades. Ele era o único dado nesse cenário político qe gerava preocupações  pois muitos temiam o seu retorno e o do PT, ao controle político do Pais. A experiência vivida pelos brasileiros, que culminou na mais profunda e ampla crise econômica-social até agora vivenciada pelo País, deixou marcas e sequelas difíceis de serem

Agora sim! Pode-se afirmar que o Brasil tem tudo para começar um novo tempo! Isto porque, até mesmo as indefinições sobre quem vai comandar o país nos próximos quatro ou oito anos, não preocupam tanto os brasileiros. A sucessão presidencial parece que não gera angústias em termos do nome escolhido, notadamente para os que creem que o Brasil não precisa de um Messias ou de um salvador da patria, pois se admite  que as instituições  operam e não são mais  deveras frágeis como até bem poucos anos atrás. Na verdade, aos olhos do analista, não importa muito quem ganhe o processo, pois que,  nos dias que correm, os  graus de liberdade no agir por parte de um presidente, são  bem reduzidos, em face do peso das instituições.

Os poderes constituídos exercem controles e exercem freios, uns sobre os outros, num mecanismo conhecido pelos americanos de “checks and balances”. Se isto não  bastasse, as circunstâncias externas e  a significação do Pais, em face de suas dimensões, de sua importância econômica e de seu papel estratégico, delimam o ir e vir de um presidente, não importa a soma de prestígio popular e o seu carisma. Por outro lado, historicamente, as forças armadas sempre exerceram uma presença fundamental e, as vezes, até incômoda no processo político-institucional, representando uma certeza de que um governante autoritário e tresloucado não teria a liberdade de atos insensatos que usasse e abusasse do “direito inalienável e fundamental” de todo cidadão, de fazer besteiras.

Ademais, a mídia, onde o equilibrio entre os interesses negociais dos patrões e a postura e atitude ideológica dos jornalistas, seus funcionários, ajudam a reduzir os riscos de guinadas politicas perigosas. Também, o empresariado, de um modo geral tentado a, pelo menos, demonstrar ou mostrar suas insatisfações e desconfianças nas instituições, sempre conseguem sinalizar seu mal estar e as suas preocupações, através de hesitações e inseguranças quanto a decisões de investimentos e expansão de seus negócios. Finalmente, a chamada classe média, excessivamente cautelosa e, muitas vezes, mais preocupadas em manter seu “status quo”, não gera mobilizações e articulações politicas capazes de demonstrar força política efetiva no processo, a não ser em circunstâncias muito especiais, como foram as que culminaram nas manifestações de 2013.

Assim, com o fim do caminho para Lula, o mercado voltará a respirar mais aliviado; a cotação do dólar flutuará nos seus limites normais apenas agregando algumas alterações, fruto de mudança de rumo da economia americana e a economia voltará a mostrar sintomas de que poderá ganhar algum dinamismo adicional. É claro que não será o acaso que permitirá a correção de distorções que comprometem o desempenho da economia. O tamanho, a presença excessiva nas atividades produtivas e a centralização do estado brasileiro, hoje capaz de produzir um deficit além dos 150 bilhões de reais, é questão fundamental a ser revista. Como também, um rombo nas contas públicas de mais de 150 bilhões de reais só este ano alem de uma da divida interna — hoje em mais de 5 trilhões de reais! —; uma previdência que se mostra insustentável e que requer imediata intervenção e ação na sua estrutura de operação, são providências saneadoras que se impõem de forma urgente e quase imediata.

Também, só a construção de um ambiente mais favorável e menos estressante, permitirá que se possa começar a enfrentar aqueles desafios mais sentidos pela população como é a questão da assustadora violência que se alastra País afora; a precariedade do saneamento ambiental que representa monumental causador dos baixos e precários índices de saúde  pública; a limitação de transporte de massa, que inferniza a vida do cidadão urbano; a precariedade da saude pública e a baixa qualidade da educação de base, entre outros.

É claro que tudo isto aguarda por reformas  institucionais sérias como a reforma do estado, a fiscal e a previdenciária  e tudo o mais de reformas também dependerão  de uma gestão de governo que as enfrente e as ponha em prática. Mas, para que o pessimismo, a angústia, a inquietação e esse marasmo que toma conta do Pais sejam superados,  era preciso que Lula saísse de cena e deixasse o caminho livre pois tudo que se construiu a respeito dele, dos temores sobre a sua possível volta ou, para muitos, o seu “amargo regresso” e do incômodo retorno de petistas amargos, amargurados e desejosos de vingança e, claro, sem os  predicados de competência e de espírito público desejados e esperados, o Brasil não encontraria meios de fazer retornar o  sonho e a esperança.

Quatro longos anos de crise com quase 13 milhões de desempregados e com uma economia andando, anos apos ano, para trás, deixou muitas marcas, muitos prejuízos, muitos desconfortos e até mesmo, muita revolta pois as pessoas se sentiram usadas, abusadas e roubadas, na sua boa fé, pelos seus líderes políticos. Isto ficava ainda mais claro e patente quando se verificava que, enquanto o Brasil mergulhava em uma recessão profunda, o mundo ao seu redor crescia, seguidamente, a 3% ao ano!

Agora, não havendo o que temer pois a chamada e propalada “luta de classes” não terá mais ambiente para prosperar pois Lula, a seu estilo, ao não permitir o surgimento de lideranças que o sucedessem, agindo tal qual “sombra de mangueira”, não deixou nem deixará herdeiros. E, se houvera feito como Chavez, talvez o País hoje temesse um Maduro, como ocorre  com a pobre e desesperada Venezuela.

Agora é a hora de retomar a caminhada sem sobressaltos.

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