O “IRMA” BRASILEIRO CONTINUA ESTA SEMANA?

Impressionante a fúria devastadora da ação do furacão ou dos furacões que destroem vidas, acabam com a infra estrutura das comunidades e as moradias de milhões de pessoas pelo Caribe e pelos Estados Unidos! E é duro assistir o fim de vidas, de sonhos e de esperanças diante do terremoto, por exemplo, que acaba de se abater sobre o México!

Também nesses tristes eventos, pelo menos para compensar e minimizar a dor e o sofrimento,  impressiona a presença objetiva, oportuna e forte do estado, com aćōes prontas e oportunas, além da ampla solidariedade demonstrada pelos americanos, as empresas reduzindo preçis de produtos e serviços , cobrando valores quase simbólicos e os governos diminuindo ou não cobrança taxas e multas e já trabalhando no processo de recuperação das áreas atingidas! O exemplo de engajamento, de objetividade, de solidariedade bem como da ação imediata do estado,  sensibilizou  a todos, mundo afora.

Se lá impressiona  a todos a atitude correta e esperada do governo, a solidariedade pronta do povo e os exemplos de cidadania ali ocorridos, aqui,  embora os brasileiros não possam se queixar de possíveis rigores e intempéries dessa  natureza,  tão destruidores e demolidores como são os  furacões e os terremotos,  mundo afora, as intempéries que enfrentam os brasileiros são outras bem diversas! Aqui o “IRMA” é muito mais  moral, ético e de saques sobre os recursos públicos de maneira a mais desavergonhada e quase irrestrita e generalizada possível, do que a fúria da desgraça que se abateu sobre vários povos por tais fenômenos desagradáveis da natureza. Se, no caso brasileiro, o custo da crise que se  experimenta fosse apenas a roubalheira desenfreada e a desmontagem e a desestruturação da máquina publica,  isto já  representaria pesado ônus para  o País. Mas, o mais grave, foi o que as crises permitiram que se disseminasse o desrespeito aos valores éticos e morais; a aceitação do completo desrespeito aos códigos de conduta sancionados pela sociedade e a aceitação de que o importante é “tirar vantagem em tudo” ! Isto tudo, desmontou, na sua quase totalidade, a própria sociedade brasileira!

Agora, com o apoio da Lava-Jato, tenta-se fazer com que os cidadãos voltem a aceitar a idéia de que é possível tentar un retorno a crença nas instituições da sociedade civil apesar do fundo do  poço em que elas se encontram! Que, diante de tantas benesses –de fato, não ter furacões, terremotos, maremotos, tsunamis, representa uma bebção magistral! — o Brasil ainda tem uma vantagem excepcional diante de nações europeias, das nações asiáticas e dos Estados Unidos! .Aqui falta pouco para que o País se transforme em uma nação e venha a se tornar um país sério. Isto porque, tem enormes potencialidades a explorar e uma quantidade excepcional de fatores produtivos alêm de um significativo mercado interno!   Claro que a limpeza ética, essa revisão moral crítica e essa reedificarão de valores que ora se opera, permitirá que se construa  uma ética de conduta e de compromisso. E tal tarefa exige tempo e paciência pois a degradação de valores e costumes foi monumental, notadamente para uma nação emergente onde princípios ainda  não haviam se consolidado  e nem se cristalizado.

É por tais razões que o cenarista, avaliando a semana que se pensava daria uma trégua no tiroteio de denúncias, acusações, delações, prisões e acusações e, com isso, se permitiria que se pensasse em alguma coisa construtiva que conduzisse o País  voltar às suas preocupações para os desafios das transformações e das mudanças essenciais. Também, aguardando com ansiedade a retomada firme, consistente e continuada da economia. Lamentavelmente,  volta-se a mesma lenga-lenga e o  pior é que ainda não se consumaram os três fatos mais aguardados da semana. No caso, a nova denúncia que Janot fará sobre  Temer;  a atitude que tomará Geddel e as consequências do provavelmente espetacularizado depoimento de Lula ao Juiz Sèrgio  Moro.

Ainda bem que a economia e, daqui a pouco, também,  a própria sociedade civil, estarão, se descolando desses fatos que começam a se banalizar. E, se isto ocorrer, a vida talvez volte a uma normalidade esperada e desejada pelos brasileiros. Mesmo assim, enquanto o “Irma” de lá deu uma trégua, embora fazendo monumentais estragos materiais e também de sonhos e de esperanças, o daqui continua fazendo estragos e, como um mantra, o que se ouve é um continuar, sem tréguas, de acusações e denúncias atingindo a quase todos os homens publicos e a quase todas as instituições. É uma pena!

As pessoas se perguntam onde e quando tudo isto vai passar? Na verdade, a grande dúvida que se instala é para onde tudo isto vai levar ou em que vai dar? Será que isto vai levar a uma revisão critica de valores?  Acho, estranhamente e pessimisticamente, que tudo isto nos levará talvez a algo assemelhado ao que a Operação Mãos Limpas levou a Itália, num primeiro momento, a uma verdadeira “limpa” fazendo crer que se instauraria  um novo tempo mas, após algum tempo, como surpresa maior, surge Berlusconi, para comandar a praça!

O que sobra é o temor de que todo esse esforço nos tenha  levado  a não  propormos nenhuma mudança mas, como Lampeduza, mudarmos tudo para o tinuarmos  na mesma!

Daqui dessa situação e perspectiva esse desgastante mas necessário processo de revisão crítica de valores o que se espera é que não nos ocorra não irmos a lugar algum e não construirmos nada e frustrarmos as gerações que hoje se escondem nas redes sociais!

 

 

AS MALAS MARCAM O PAÍS!

O Brasil se tornou o País das malas. Foi a mala do ex-deputado Rocha Loures que, diante de outras malas com robustez enormemente superior a de Loures, a do ex-deputado está sendo considerado uma espécie de “necessaire”. E a mala de Loures é objeto de insinuação de que essa mala seria uma mala inicial de uma série que se repetiria em favor e, provavelmente, não seria específica do recebedor! E a mala atribuída ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, pelas suas dimensões e pelo seu conteúdo, é algo único na história do País. Ninguém conhece caso dessa ordem pois os valores são muito elevados e levantam até dúvidas sobre o por que os recursos não estavam sendo aplicados ou não foram “lavados” através da compra de brilhantes, de jóias, em geral ou na compra de obras de arte ou ainda nas compras ou vendas de bens superfaturados ou subfaturados!

Para ampliar o universo das malas, surgem agora aquelas apreendidas no aeroporto do Rio de Janeiro, que continham um total de 280 quilos de cocaįna! Aliás, é a maior apreensão nessas circunstâncias pois nos aeroportos a tendência é que os “mulas” conduzam sempre quantidades muito pequenas!  Mas essa ousadia representa algo inédito pois nunca a Policia Federal se defrontou com tamanha arrogância e petulância. No universo dessas espertezas e traquinagens, a corrupção no Brasil tem ousadias que foram mostradas das formas as mais inusitadas como dinheiro na cueca, dinheiro na meia e dinheiro em partes íntimas que se transformaram em alojamentos indiscretos e excêntricos dos dinheiros sujos da corrupção.

O fim de semana de celebração do dia da Pátria ainda näo terminou de por adrenalina no comportamento de lideranças políticas. Depois da declaração bombástica de Janot; das quatro horas de conversa altamente explosiva dos presumidos e confessos bêbados  Joesley e Saud; a descoberta de escândalos já suspeitados na escolha do Rio de Janeiro para os jogos olímpicos mundiais além da apreensão de mais de 51 milhões de reais na Bahia, .além dessas ações que já abalavam a República, o depoimento de Palocci ao Juiz Sergio Moro foi pior que o furacão Irma para Lula, Dilma e o próprio PT.

Se isto já não é pouco, não se sabe ainda do conteúdo das revelações de Lucio Funaro e também  o que ainda  vazará dos depoimentos dos dirigentes da JBS na sexta-feira à Procuradoria Geral da República. Adicione-se a tal o que virá de revelações do depoimento do ex-procurador Marcelo Miller que pode promover pelo menos angústias existenciais em muita gente.  Insista-se também em indagar qual será a reação de Geddel e o que ele fará ou dirá para não ser punido tão severamente pela justiça. Ou seja, a sua defesa poderá respingar e, com graves consequências, em determinadas figuras da República.

Claro que tudo foi um fim de semana cheio de emoções e, por certo,muito mais “thrilling” do que tantos outros embora,  por serem episódios que tem se repetido tanto e com tanta frequência nos últimos tempos que, de certa forma, não surpreendem nem chocam mais que o mercado não mostrou qualquer reação. Ou seja,  nenhum abalo se verificou e, por sinal, os indicadores e fatos econômicos não se mostraram tão ruins no saldo dessa tão atribulada semana.

Os dados de recuperação da economia continuam apresentando números interessantes; a inflação continua caindo; os juros básicos da economia continuam sendo reduzidos pela Banco Central. Além disso,  uma pesquisa realizada com 43 mil famílias brasileiras revelou que, nos últimos meses, houve uma recuperação da renda das familias, aliada a algo surpreendente, qual seja, como as famílias usaram FGTS, os ganhos reais de renda e outros benefícios auferidos nos últimos meses. Entre pagar dívida, aumentar o consumo e poupar, a grande surpresa foi que as famílias mostraram uma excepcional racionalidade na alocação de tais recursos, distribuindo-os pelas três opções.E isto tem permitido uma retomada do crescimento do comércio e dos serviços, o que garante uma recuperação da economia como um todo.

Todas as avaliações que ora são feitas indicam que, apesar de todas as dificuldades e todas as limitações impostas pelas restrições, interesses e demandas da classe política, a equipe econômica tem se mostrado madura, equilibrada e com uma demonstração de espirito público que merece o respeito e admiração dos brasileiros. E, talvez por isso os resultados vão sendo alcançados, as medidas estão sendo propostas e implementadas, dentro da perspectiva do possível ao invés do ideal, numa visão abrangente que envolve a reorganização das contas públicas, o reequilíbrio das finances dos estados, a reconquista da confiança do mercado e dos organismos internacionais além das medidas macro e microeconomica destinadas a ir retomando, com equilíbrio e visão de médio e longo prazo, do que se deseja em termos de recuperação da economia.

Ē claro que se, recuperada a base de sustentação parlamentar de Temer e com a garantia, aos parlamentares, do “aguardado e esperado lubrificante cívico” , é bem possível que alguma coisa das chamadas reformas institucionais sejam aprovadas;  que as concessões comecem a serem licitadas; além dos investimentos externos, principalmente os chineses, venham a se fazer aí então as previsões de crescimento do PIB podem superar os 1% esperados para 2017 e talvez, os 3% propostos para 2018!

Mas, é bom pontuar que se o Brasil pretender um crescimento mais dinâmico e continuado, capaz de permitir as bases de agregação das políticas de distribuição de renda e de saltos nos seus indicadores sociais, então isto exigirá, com certeza, uma revisão crítica do estado brasileiro como a que foi feita nos anos 30 e depois também nos anos sessenta e que criaram as pré-condições para um crescimento significativo da renda nacional. Ou seja, depois do esgotamento do modelo de expansão da economia nacional, é necessário readequar, reaparelhar e ajustar o aparelho de estado para que ele responda aos desafios que as condições internas e as imposições externas estarão a exigir.

 

 

UMA SEMANA PARA NÃO ESQUECER!

Esta é uma das semanas mais ricas da vida pública brasileira. Foi a semana quando Janot deu um tiro no pé e, com as informações extraídas das gravações extremamente comprometedoras da ação do próprio Ministério Público e das suspeiçöes sobre membros do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu um conjunto de dúvidas sobre as delações premiadas não só de Joesley Batista mas as de Sérgio Machado e outros, contaminados pela ação deletéria do ex-Procurador Marcelo Miller. Também garantiriam uma certa carta de alforria que Michel Temer precisava para exercer o poder e operar o seu governo até 2018.

Foi também a semana que se viu um montante de dinheiro jamais visto sequer na Casa da Moeda e, talvez apenas no Banco Central, atribuído como pertencente ao ex-Ministro Gedel Vieira Lima. As coisas estão tão dramáticas nesse processo de desconstrução do País que também agora também vem a tona os escândalos que envolvem o esporte brasileiro que, pelo que se viu, já ganha dimensões não só de uma robustez significativa mas até mesmo, foro internacional.

Mas, apesar de problemas tão sérios, Temer, com a frieza que lhe é peculiar, como que, num passe de mágica, conseguiu mudar o humor da Rede Globo que passou a tratá-lo de forma mais generosa e sem a perseguição implacável e habitual dos últimos tempos. Até passou a por fé nos resultados da viagem dele a China, a Globo lançou, até nisso, as suas apostas. Aliás há que se mencionar também, como elementos surpreendentes da semana, a aprovação, pela Câmara dos Deputados, em primeiro turno, das duas medidas que definem o início da reforma politica no Brasil, quais sejam, a aprovação da cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais, o que, certamente, darão alento de que alguma coisa possa e venha mudar no quadro perverso que é a política do País.

Além desses fatos que, de uma certa forma, são ironicamente alvissareiros pois abrem perspectivas para que problemas graves sejam encaminhados, a trégua que esses problemas dará ao governo a tranquilidade para voltar a intentar aprovar as reformas institucionais que sofreram uma certa parada e criar um ambiente que favorece a continuidade da aprovação ou adoção de medidas econômicas fundamentais a retomada firme e continuada da atividade produtiva.

Os dados recentemente apresentados mostram que a economia apresenta uma significativa queda na taxa de inflação, uma indústria automobilística que cresceu 17% e as suas exportações cresceram mais de 56%, só no primeiro semestre. Tais dados positivos se juntam ao que foi o desempenho do agronegócio, da produção agropecuária e a da própria recuperação do emprego que,no período, criou mais de um milhão de vagas.

Apesar desse quadro politico confuso e gerador de insegurança e perplexidade que embora ainda incomode, é animadora a perspectiva que se abre a recomposição da economia nacional, na proporção em que o equacionamento da crise financeira que tomou conta do estado do Rio de Janeiro e que deverá ser estendida aos estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e de outros estados brasileiros. Em assim ocorrendo, estabelece-se a retomada da atividade econômica e a volta de investimentos fundamentais na infra estrutura dessas unidades da Federação.

Também o que se espera com o retorno de Temer, com os acordos e as possibilidades de investimentos chineses em projetos básicos para o desenvolvimento do País, abram novas perspectivas econômicas nacionais e que o gesto chinês provoque outros países a explorar as enormes potencialidades de investimento do Brasil, não só em termos de infra estrutura física como na exploração de potencialidades na área mineral, na indústria manufatureira e do agronegócio.

Ademais, o desenvolvimento regional no Brasil também apresenta um conjunto de oportunidades de negócios em várias áreas e segmentos e, também, a infra-estrutura urbana do País está ansiosa e urge investimentos nas áreas do transporte de massa — tantos metrôs lerdamente sendo trabalhados — e na área de saneamento básico. O que urge de investimentos na ârea de esgotos sanitários e abastecimento d’água, representa algo que mudaria a questão da saúde pública e melhoraria, tremendamente, a produtividade e a eficiência da mão-de-obra do País.

Assim, a semana que ainda aguarda o seu final foi, com certeza, a mais movimentada que os brasileiros assistiram mas que, na visão e interpretação do cenarista, ela deixa um saldo positivo porquanto derruba mitos, refreia o excesso de protagonismo do Ministério Público, abre um espaço para o governo trabalhar e permite que a economia brasileira continue o seu itinerário de retomada do crescimento e que poderá culminar com uma expansão de mais de 1% para este ano com uma inflação abaixo dos 4%!

E, “para dizer que não falei de flores”, a expectativa do cenarista é que mais revelações irão surgir além de pedidos de revisão das denúncias contra vários politicos que recorrerão das decisões criminalizando-os, argumentando que todas estão contaminadas pela ação criminosa do assessor de Janot, Marcelo Miller. Também pode haver surpresas relativas aos desdobramentos da atitude e das explicações de Geddel Vieira Lima que poderá respingar em pessoas que fazem o cenário politico do País. Também espera-se uma ação rápida de Janot em relação a Joesley e parceiros, além da punição severa sobre Marcelo Miller. Agora há pouco veio à tona o depoimento de Palocci que desmonta tudo de argumentação de defesa de Lula. O “pacto de sangue” entre O PT e a Odebretch estava estabelecido num pacote de propina que, no valor de 300 milhões o qual, junto a outros beneficios pessoais e particulares, complicam, tremendamente, Lula, Dilma, Palocci, Mantega, Paulo Bernardo, Vaccari e Gleisy Hoffman. Mas, para desgraça maior de Lula, essa semana o Procurador Janot denunciou Lula, Dilma e companhia por corrupção e obstrução da justiça.

Finalmente, o ato de Janot representou uma espécie de carta de alforria para Michel Temer alem de ter levado a uma recomposição da base de sustentação parlamentar do Presidente inclusive facilitando a aprovação das suas propostas e medidas além de favorecer a distribuição de favores e benefícios aos dignos parlamentares.

“Last but not least”, o Banco Central reduz a taxa de juros básica para 8,5% abrindo excelentes perspectivas para o País.

PARA ONDE VAI O PAÍS?

Os últimos eventos que marcaram a semana foram a despedida chorosa e ainda ameaçadora do Procurador Janot, ponteada por inúmeras contradições não só relativas ao seu assessor-mór Marcelo Miller mas também relativa a nova e confusa denúncia contra Temer; a tornada controversa decisão de um juiz de Brasília relativa a sua resposta a consulta de uma psicóloga sobre estudos, pesquisas e até provimento de  consultas sobre a possibilidade de reversão da opção pelo homossexualismo  e, finalmente, a ruidosa e precipitada interpretação dada a um comentário, em resposta a uma indagação, no meio de uma palestra para maçons, feito pelo General Mourão em que se admitia que ele estaria antecipando ou admitindo uma possível  intervenção militar no Brasil!

Na verdade, admitir e afirmar que o quadro politico-institucional no País é extremamente confuso e instável e gerador de insegurança jurídica, qualquer cidadão de bom senso concordará com tal informação  e assinaria embaixo sem temor de estar a cometer qualquer erro ou imprudência.  Ademais, ao ser provocado sobre se o quadro ficasse insustentável e se as forças armadas fossem constitucionalmente convocadas a por ordem na muvuca,  o general Mourão informou ser possível a sua participação.   De pronto a manifestação foi vista como uma proposta de intervenção militar na vida pública nacional!

Os três eventos revelam o quadro confuso em que está mergulhado o Pais! De um lado um Procurador da República, ansioso por protagonismo e na busca de uma fama passageira, promoveu um verdadeiro salseiro! Atitude bem diferente da sua sucessora, a Procuradora Raquel Dodge, marcada pela discrição, competência e objetividade. Sem estardalhaço ela faz as substituições nos quadros, colocando pessoas de sua estrita confiança, já que ela era, dentro do Ministério Público,  adversária de Janot e de seu grupo. Assim, ninguém se surpreendeu com as mudancas na equipe da Lava-Jato nem nas primeiras providências tomadas  pela Procuradora, demonstrando equilibrio e equidistância do Executivo, do Judiciario e da chamada gloria vã e passageira.

Por outro lado, a atitude autoritária, impositiva e arrogante dos que defendem o direito de ser, de ir e vir e de se colocar na sociedade, da maneira a mais livre possível,daqueles que defendem a comunidade LGBT e  rejeitam quaisquer críticas ou posições contrárias daqueles que, por razões as mais diversas não aceitam manifestações exageradas e excêntricas dos defensores da comunidade. Assim, agem tais defensores com tal agressividade diante de  quaisquer ordem de divergência Qsque demonstrem um laivo de discordância das suas posturas e atitudes. Se assemelha a algo como se, além de exigir que o homosexualismo seja não apenas tolerado mas até ensinado nas escolas, daqui a pouco a sua disseminação será tal que talvez venha a ser até obrigatório a todos fazer tal opção!   A conclusão é pobre e ridicula mas o que se sente é que, quem não adere as teses dos defensores da homossexualidade, são discriminados,  tratados como retrógrados e sujeitos a uma série de restrições e transtornos!

Por outro lado, a manifesta incompreensão, intolerância e distorção de fatos, informações e propósitos relacionados as declarações do general Mourão demonstram, à larga, como a informação está marcada por vieses de caráter politico-ideológico bem como por processos de distorções interpretativas de cunho puramente politico. O que quis dizer o general não abriga a tentativa de  estimular a caserna a invadir a competência constitucional  da vida civil e reproduzir momentos autoritarios jà vividos pelo Pais. Apenas manifesta a opinião de que , se a vida politico-institucional do País entrar num incontrolável processo de desordem e se as instituições solicitarem a presença das Forças Armadas, elas estarão prontas a cumprir o seu papel constitucional. Nada mais além disso!

O cenarista crê que, no momento em que se caracteriza uma efetiva retomada da economia e, ao mesmo tempo, verifica-se o quase total descolamento da atividade produtiva do imbroglio politico, é fundamental que estas atitudes mesquinhas não atropelem o processo de reorganização

TUDO SERÁ POSSIVEL COM UM NOVO ESTADO!

A afirmação contida no título desse comentário pode advir da ignorância, da presunção pretensiosa de alguém intentando definir o futuro de uma nação ou poderia representar algo mais simples que seria apenas uma espécie de “wishful thinking” de uma sociedade, diante de cidadãos que estão cansados não só do governo mas, de governo demais e, consequentemente, em excesso.

Isto porque, os governos eleitos, ironicamente, pelo voto popular, acabam respaldando um estado com enorme peso e capaz de gerar tremendo desconforto ao  invadir a  privacidade do cidadão; ao apropriar-se da renda do seu trabalho ao impor uma carga tributária excessivamente pesada e ao não lhe devolver, na forma de serviços públicos essenciais, o mínimo daquilo que a natural e esperada reciprocidade deveria cobrar.

Ademais, esse mesmo estado embaraça-lhe a vida, atormenta-lhe a cabeça com o excesso de leis, de instâncias burocráticas e do “criar dificuldades para vender facilidades”, características  típicas dos estados latino-americanos, o que hoje levanta dúvidas se vale a pena ter um estado dessas dimensões, desse custo e dessa complexidade.

Na verdade, o que há por traz da insatisfação da população com a classe política é, em parte, o reflexo  do sentimento de que o estado, cuja gestão cabe a classe política, está aí, lamentavelmente, para impor uma carga tributária elevadíssima e sobretudo injusta sobre os cidadãos; para estabelecer um tratamento desigual onde alguns auferem tudo e outros, a duras penas, conseguem algo e muito pouco; um autoritarismo perverso das suas instituições perante o cidadão, no seu trato direto; uma enorme quantidade de instâncias decisórias e, por fim, regras, normas, decretos e leis que confundem a cabeça e geram mau humor e indignação das pessoas. E aí, promove-se uma justificada revolta contra os parlamentares,  que ensejam, eles mesmos,  toda a má vontade do povo não apenas em face dos rendimentos auferidos,  dos privilégios e vantagens garantidos  por eles e a eles mesmos  e o fato de não aprovarem decisões que superem problemas institucionais crônicos da população.

Aliás, essa postura dos cidadãos contra o estado ocorre hoje em todos os lugares do mundo onde as manifestações de insatisfação nas ruas ou pelas redes sociais, revelam uma verdadeira revolução da cidadania onde todos querem um estado que caiba “dentro do bolso” da sociedade; que não mantenha um sistema injusto de privilégios e vantagens de vários grupos ou segmentos da sociedade; que simplifique as suas ações e exigências, pondo fim aos inúmeros cartórios existentes e que se mostre mais democrático, mais ágil e mais eficiente.

Na verdade, parece que todos os críticos, incluindo-se aí o próprio cenarista, são capazes de estabelecer, ás vezes, convincentes diagnósticos porém, sugerir como estabelecer a ruptura da forma como os estados nacionais são geridos e operam, inclusive indicando como viabilizar reformas institucionais dentro do estado democrático de direito, não só  parece difícil como praticamente não se encontra relatório algum com esse tipo de  proposta.

 

Parece que, dificilmente, se procura propor saídas e alternativas consistentes e com claros e cristalinos objetivos. Parece que a coisa se complica mais ainda pois, considerando a existência de vários interesses em discussão e a serem administrados diante de grupos políticos de pressão os mais variados, a equação não fecha por ter muitas variáveis e muitas incógnitas.

Dessa forma, a premissa maior é que não se muda uma nação apenas com palavras, alguns gestos e atitudes. Para mudar o itinerário de um povo isto dependerá da vontade manifestada pelos seus cidadãos, das circunstâncias internacionais econômicas e políticas e da forma  como se modernizam e atualizam as suas instituições.

De um modo geral os atrasos e limitações à expansão e ao desenvolvimento derivam de Instituições envelhecidas e envilecidas e são reflexo do próprio envelhecimento das elites que comandam o País. O próprio envelhecimento e envilecimento dessas mesmas elites, ultrapassadas no tempo  e sem qualquer compromisso com a história de seu povo nem tampouco com as suas biografias, é que leva a impasses como experimenta agora o Brasil!.

Assim, para mudar uma história às vezes é preciso que experiências exitosas, mesmo a nível de algum experimento aparentemente pequeno e limitado ou circunscritas a áreas restritas, possam gerar um modelo capaz de transformar ou de abrir perspectivas mesmo que derivem de uma tendência de copiar ou reproduzir tais experiências. É o caso da revolução que se deve buscar naquela que se considera a matriz geradora das grandes e estruturais mudanças capazes de promover um efeito em cadeia de outras mudanças estruturais e institucionais da sociedade como um todo, que é  a mudança na educação.

Por exemplo, o que acontece na cidade de Sobral, no interior do Ceará, é uma notável experiência que já vem se reproduzindo no estado como todo. A experiência de Sobral onde a  rede de ensino público do município, além de ser a melhor do País, contempla também o município  com as dez melhores escolas públicas do País! Aliás , o município ainda abriga também a melhor de todas as escolas públicas do País.

Chama também a atenção o fato de que já estar a ocorrer em Fortaleza com a rede de ensino privada,  onde 10 a 15 escolas dos “cabeças chatas”  conseguem abocanhar 43% das vagas no IME, no ITA e na Escola Naval, no país. Isto demonstra não apenas que se abre um novo caminho para o desenvolvimento do estado, como ilumina caminhos que se abrirão para a grande transformação que o Brasil espera.

Acredita-se que apesar das difaculdades e problemas hoje enfrentados, o País está próximo de gerar uma consciência crítica da urgência em rever o estado, em buscar caminhos de aceleração do crescimento e de construção de uma nova ética de compromisso e de novos valores e princípios.

 

KIRCHNERISMO, LULISMO E CHAVISMO. O QUE HÁ EM COMUM?

Sempre o cenarista procurou encontrar afinidades entre os movimentos políticos que ocorrem em países da América Latina, em que pese o seu interesse maior e particular no caso brasileiro. De um modo geral, quando surtos autoritários surgem, especialmente no Brasil, daqui a pouco, não só a Argentina como vários países da América do Sul e da América Central, tendem a seguir tais tendências. Excetuam-se, em especial, a Costa Rica, mais o Canadá e algumas nações na América Central que também não tendem a acompanhar tal processo.

Se agora já não é o autoritarismo quem toma conta do cenário político da região, o que se sente e assiste é que se  instalou uma espécie de onda populista demagógica que perdura já por vários anos, até agora. Parece que, lamentavelmente,  essa foi a opção preferencial que se estabeleceu para a região pela maioria das nações mas que, agora, parece estar apresentando um processo de exaustão e esgotamento.

Macri, o jovem presidente da Argentina, tem se mostrado extremamente hábil, paciente e um competente negociador diante das dificuldades que se colocam, politicamente,  as suas propostas de mudanças institucionais e de modificações nas políticas públicas requeridas para que o Pais retome o caminho do crescimento e da modernização econômico-social. Isto porque a Oposição aqui montada tem os traços das estratégias estabelecidas pelos grupos populistas em qualquer lugar do mundo.

Já que o cenarista encontra-se em Buenos Aires, aqui, logo após as eleições primárias realizadas faz uma semana, um pesado legado do peronismo que Kirchner e sua mulher conseguiram reavivar na forma de um populismo muito particular e personalístico, criou e ainda cria embaraços ao projeto de transformação pretendido pelo Presidente.

Na verdade, as  sérias dificuldades que Macri enfrenta, não apenas para desaparelhar o estado dos sindicalistas que o ocuparam durante os governos da familia Kirchner, bem como também proteger o estado de permanecer na inviabilidade da garantia  de uma proposta de um estado do bem estar social, excessivamente generoso e dadivoso! Ao lado de tais licenciosidades,  O povo assistiu, em todos esses anos, um governo demonstrando uma frouxidão e um desinteresse em buscar  renegociar as concessões populistas e demagógicas feitas por um estado, deveras benevolente. As práticas clientelistas  ensejaram, levaram o poder público a um estado pré-falimentar e conduziram a um total descrédito no exterior. As mudanças pretendidas não poderam ser nos limites do essencial porquanto a oposição dos kirchneristas no Congresso, buscoue manter privilégios inaceitáveis desfigurando, com isto, as propostas iniciais de Macri.

aAgora mesmo, no primeiro turno das eleições chamadas primárias da Argentina, a vitória do governo foi magra e dependeu, fundamentalmente, do prestigio da governadora da província de Buenos Aires, uma mulher com liderança, carisma e competência politica, aliada que é de Macri.  Maria Eugenia Vidal, com sua credibilidade e trânsito junto as elites e aos trabalhadores, consegue ter palavra de tal forma a dar qqa sustentação  e os votos a Macri. Assim a Argentina,  mesmo com a ainda significativa presença do populismo justicialista e a ainda marcante a força  frente politico-partidária do peronismo, caminha e já começa a sair acreditar da profunda criseq e a do Tribunal  Federal do Rio Grande Do Sul, quando tem estabelecido penas severas a políticos, empreiteiros, funcionários públicos e outros que incorreram em erros que geraram enormes prejuízos ao Erários .

O caso brasileiro parece marcar-se por um quadro e um ambiente que dá a sensação de que o lulismo voltará a assumir o poder, devolvendo toda a escalada de problemas e dificuldades que hoje estão sendo enfrentadas pelo governo Temer, inclusive com as características que o kirschnerismo marcou a vida dos argentinos. Aqui, ao tempo do Lula-petismo, o estado foi aparelhado de forma quase ampla pelos representantes do PT e do sindicalismo e, as políticas populistas,  marcaram os grandes programas sociais que, num primeiro momento, propiciaram a redução da miséria e a redução das desigualdades sociais, mas que, ao fim e ao cabo, produziram distorções e enormes desequilíbrios na estrutura econômica do País. Isto ocorreu num segundo momento, fundamentalmente no governo Dilma, máxime no segundo período, quando se  gerou a desestruturação das finanças públicas e, depois, um processo e uma scrise com uma recessão que produziu uma redução, em dois anos, de 10% do PIB nacional e a geração de 14,5 milhões de desempregados.

E, a atual cruzada da midia contra o governo Temer, a transferir os erros e os resultados negativos alcançados pelo governo Dilma, atribuindo-os agora a Temer, parece representar uma ação orquestrada por alguns meios de comunicação portentosos, no sentido de operar uma cruzada de um “volta Lula”, ou já agora, de imediato, ou nas eleições de 2018. Tudo parece conspirar nesse sentido na proporção em que Lula ainda dispõe de importante capital político e, a campanha, em cima de Temer e agora tambem de Dória, busca comprometer os nomes dos dois possíveis e potenciais mais viáveis concorrentes de Lula.

Na verdade a campanha pró-Lula busca também desacreditar o judiciário procurando promover um conflito aberto entre procuradores e a Polícia Federal e a busca de uma desmoralização da justica, notadamente dos juizes de primeira instância, como uma forma de minimizar os pecados cometidos por Lula. Na verdade a campanha que a Rede Globo incorporou no sentido de favorecer Lula, já mostra traços de que caminha no sentido de desmontar e desmoralizar a Lava Jato.

E tudo o que ora ocorre no Brasil com essa luta do “Volta Lula”, assemelha-se muito a tendência de fazer reerguer o peronismo ou o justicialismo e encontra também elementos numa proposta que não caminhou bem e vive os seus estertores que foi a volta de um chavismo sem Chaves na Venezuela. Ali Chaves assumiu o poder com um país rico e Maduro teve a competência de torná-lo pobre, desorganizado e politicamente desestruturado e sem amanhã.

Portanto a história desses três governos populistas, marcados por lideranças carismáticas e com profundo apelo popular, mostraram que suas políticas de mudanças institucionais não eram providas de conteúdo e os seus projetos aparentemente de grande conteúdo popular, nada tinham de concreto e viável, representaram alternativas que, simplesmente, desmontaram o governo, desequilibraram as finanças públicas  e desorganizaram a vida nacional.

A hora, notadamente para os brasileiros, é de uma profunda reflexão critica sobre o que esperam os brasileiros, porquanto os indicadores de como foi construído  o passado, não permite antever desdobramentos que garantam propósitos que permitam que se vislumbre a construção de um processo transformista capaz de permitir a retomada do crescimento com modernização das instituições  e com ganhos sociais relevantes.

E A ECONOMIA? VAI QUE VAI!

Como prometido pelo cenarista, o comentário  de hoje não seria mais sobre os encontros e desencontros, as idas e vindas, os entreveros entre lideres, grupos ou facções políticas ou as manifestações da justiça e da Lava Jato denunciando ou incriminando mais politicos, empreiteiros ou funcionários públicos, como possíveis responsáveis por crimes de corrupção ou de obstrução da justiça.

Na verdade as apreciações não deveriam enveredar mais pela avaliação das atitudes ou estratégias de líderes ou de grupos politicos diante de um quadro cada vez mias confuso e complicado, pois é a antevéspera  do pleito de 2018. Nem tampouco deverão ser discutidos fatos  como o embate entre Janot e Gilmar Mendes, nem as reações dos magistrados diante da cobrança da Ministra Carmen Lucia sobre as suas remunerações, nem tampouco o novo indiciamento de Romero Jucá em mais um processo da Lava Jato. Também não serà objeto de apreciação a confissão do Juiz Sergio Moro que disse haver se equivocado e, de imediato, veio a corrigir, a tempo, o erro cometido, somente vindo a boloquear, agora, 10 milhões das contas dos marqueteiros de Dilma-Lula.

Tudo isto faz parte de um quadro que se repete faz já algum tempo e que hoje já não mais preocupa, não mais toca ou não mais é objeto, sequer, das discussões dos grupos de pessoas que se reunem País afora. Assim, o que conta para todos parece ser como vai e como anda a economia pois, na verdade, o que as pessoas querem crer e esperar é quando e como resgatarão os seus empregos perdidos, recuperarão a sua renda familiar e quando estarão aptos a reduzir a sua própria inadimplência que hoje já atinge cerca de 60 milhões de brasileiros.

Assim, no campo econômico, parece não haver dúvidas de que, as pessoas podem começar a reverter o seu pessimismo pois a crise passou, a economia está retomando a sua marcha e, aos poucos, vai assumindo o dinamismo desejado e requerido para repor as coisas no caminho outrora seguido e, agora, necessário a retomar os indices de atendimento das várias demandas sociais.

Os dados de desemprego que alcançavam 13,7%, agora ja caíram para 13%; o dinâmico crescimento do agronegocio, apoiado em uma agricultura cujo desempenho ultrapassa os 23% de expansão em relação ao ano anterior; as exportações, que permitem gerar um saldo na balança comercial que está a ocorrer em tal dimensão que supera os índices alcançados nos últimos 29 anos; a volta do crescimento da industria manufatureira, do comércio e dos serviços; o desempenho das 1000 maiores empresas brasileiras que conseguiram evoluir de um resultado negativo de 34,5% em 2015, para um resultado positivo de 4,5%, em 2016, mesmo quando as vendas totais caíram cerca de 10%, isto é deveras alentador.

Ou seja, numa avaliação preliminar, chama a atenção o fato de que a crise ajudou a rever conceitos, enfrentar desafios e buscar corrigir erros e falhas além de ter também ajudado a racionalizar decisões, tanto de pessoas físicas como jurídicas; buscou aumentos significativos de eficiência e de produtividade; reduziu desperdícios e estabeleceu ganhos mesmo na adversidade.

Portanto, além desses avanços há que se perceber que no horizonte há uma clara tendência de um real descolamento da economia da política, desde a redução das incertezas e das inseguranças por ela geradas que produzem obstáculos a uma marcha segura e célere de retomada do crescimento, atē voltar-se a fazer planejamento estrategico e estabelecer estudos e análises de perspectivas.

É importante pontificar que, para a criação dessas expectativas mais favoráveis há que se considerar que os fundamentos da economia brasileira voltam a ser garantidos e respeitados ou foram, pelo menos, reestabelecidos. Faça-se uma exceção a questão fiscal, deveras comprometida por rombos, concessões fiscais, benefícios indiscriminados, desorganização e erros e equívocos na gestão das finanças publicas dos últimos anos, que não não permitem e não são passíveis de um equacionamento fácil e sem mudanças institucionais profundas.

As reformas que institucionais que estão sendo discutidas e votadas pelo Congresso Nacional ajudam a melhorar o quadro fiscal, dependendo do quanto não forem desfiguradas pelos parlamentares, porém não são suficientes a reestabelecer um estado que mais ajude e menos atrapalhe os agentes econômicos e os cidadãos como um todo. No momento em que a discussão é sobre as dificuldades que o governo enfrenta para reduzir gastos que são rígidos ou inflexíveis ou incomprimiveis, a pergunta que se faz é até que ponto chegou o Orçamento da União a tal inflexibilidade e rigidez que não permite qualquer grau de liberdade para a formulação de políticas publicas. Todos os gastos não podem ser reexaminados, revistos ou racionalizados, à luz das circunstâncias e das exigências do momento. Na verdade, por força de lei, receitas foram vinculadas e gastos foram impossíveis de serem cortados, reduzidos ou racionalizados.

Não é mais o Presidente da República  quem  hoje governa o Pais mas sim as normas, limitações e restrições impostas pelo Orçamento da União ao definir  prioridades e urgências. Dessa forma a camisa de força que se impôs ou se estabeleceu sobre o governo e. Também pelo próprio governo é tal que, até mesmo o que o governo constitucionalmente distribui com estados e municípios, está subordinado a rigidez de normas e princípios imexíveis que impedem qualquer ação destinada a apoiar a Federação. Assim não há graus de liberdade, reduziu-se significativamente as possibilidades de escolha de fazer operar as finanças públicas  nacionais. Ou seja, as restrições são auto-impostas mesmo que não configurem uma propostas de centralismo governamental. Parece muito mais a configuração de uma falta de um modelo de governo capaz de definir diretrizes e rumos para a condução do estado e de seus objetivos do que qualquer outra coisa.

Na verdade, o que há que se discutir nos dias que correm é que no Brasil há estado demais, mas povo de menos. Há Brasilia demais e Brasil de menos: leis demais e costumes de respeito a princípios e valores, de menos. Com um estado obeso e desproporcional as necessidades da sociedade; um estado excessivamente centralizado, desfigurando e tirando a legitimidade das ações que são tomadas distantes do objeto de sua intervenção que são os municípios e as comunidades; com a enormidade de obstáculos burocráticos face ao excesso de instâncias decisórias; com um amontoado inorgânico de leis, normas, decretos e portarias que infernizam a vida dos cidadãos e geram ineficiências de toda ordem, tais características representam algumas das facetas desse monstro cada vez mais caro, ineficiente e gerador de limitações ao funcionamento mais adequado e dinâmico da sociedade, que é o estado.

Mas, sobre esse dramático impasse e seríssimo problema nacional que hoje as circunstâncias  exigem que deva ser revisto na sua dimensão maior,  é que o cenarista pretendiededicar o seu próximo comentário, se algum tema mais urgente e oportuno não se impuser.. Ele, o estado brasileiro que sofreu uma revisão critica nos anos 30, no governo Vargas e nos anos 60, no governo dos militares,  não se fez atualizado nos anos noventa o que, com certeza, não há outra alternativa a não ser revisá-lo, urgentemente, no seu todo, agora!

FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS QUE DÃO O TOM DO MOMENTO!

Três circunstâncias estão delimitando muito claramente o horizonte político e econômico do País. É fundamental, antes de adentrar na discussão de tais fatos estar alerta para o fato de que, as exaltações típicas do discurso politico; as insinuações de ações ou manobras tendentes a promover desgastes ou manchar a imagem de agremiações ou de grupos que atuam no quadro de referências da atividade mais desmoralizada e sem fé pública do País que é a política, não devem turvar a busca da interpretação fria e objetiva do que estava e do que está a ocorrer. Na verdade, o jogo de palavras, as acusações, as insinuações, as manifestações e as notícias plantadas, não devem toldar as avaliações do quadro econômico e político atual sob pena de traduzir uma interpretação que estará marcada muito mais por indeléveis traços de interesses políticos ou ideológicos dos grupos em enfrentamento do que da realidade que se pretende examinar!

A primeira das circunstâncias aqui consideradas situa-se no campo ou no mundo da política partidária. E aí, mais uma vez, três fatos começam a tomar corpo quebrando um pouco a monotonia com que vinham ocorrendo os processos político-eleitorais. O primeiro é a forma e a postura adotada pelos atuais partidos, notadamente os chamados grandes — PT, PMDB, PSDB, PP — de se movimentarem já condicionados pelos seus objetivos em relação ao próximo pleito. O PT, marcado pela perda do poder e suas consequências inclusive relativas ao financiamento do,partido; pela perda, também, de seus líderes mais expressivos — José Dirceu, Palocci, Vaccari, Vacarezza, José Genuíno, os tesoureiros do PT, entre outros — além de haver se despojado ou se desfeito de sua principal bandeira que era a intransigente defesa da érica em todas as relações, agarra-se ao que sobrou que é a imagem, a presença e a carismática figura de Lula.

O PSDB, tonto diante do dilema hamletiano sempre a perturbá-lo — “ser ou não ser, eis a questão” — divide-se ao meio, rachado entre aqueles que querem estar à sombra do poder e os que preferem a distância do poder. Os “cabelos  negros ” liderados pelo decano do partido, FHC e tendo como operador direto, o Presidente em exercício da agremiação, Tasso Jereissati,  acham que a hora è da ruptura e do afastamento de um governo que, segundo suas avaliações, prima pelo fisiologismo em todas as suas ações. De outro lado, encontram-se os chamados “cabelos brancos”, mais conservadores e situados na linha de pensamento do velho  PSD, liderados por Aécio e companhia, que acham que devem ajudar o governo a “atravessar o Rubicão”, notadamente para que o mesmo viabilize as reformas institucionais e reponha o País nos trilhos do crescimento e da modernização. Assim, esse grupo se contrapõe  a chamada “turma dos cabelos negros” que  defende a imediata ruptura com o governo Temer para que o eleitorado não os confunda com os chamados governistas fisiológicos.

O PMDB segue o seu itinerário de ser um partido governista por excelência, quase que execrando a proposta-sonho de Ulysses, ao continuar a primar por ser um partido local onde chefetes determinam a sua caminhada nos estados e, a soma de interesses paroquiais, culmina com essa agremiação nacional grande e  amorfa, sem projeto e sem ideais, sempre buscando, oportunisticamente, apropriar-se de fatias do poder. É o partido do pragmatismo absoluto, sem ética e sem qualquer compromisso. Detentor circunstancial da Presidência, o partido sempre buscará nào um projeto maior de poder mas uma linha auxiliar porquanto sem nomes expressivos, a tendência é que sempre se posicionará naquele princípio de que é melhor ser amigo do rei do que ser o próprio rei. É claro que existem alguns poucos que gostariam de ver o partido trilhando uma linha mais condizente com uma certa ética de compromisso e coerente com o seu passado.

O PP fez uma opçào preferencial pelo governismo já que não tendo um histórico de posições ideológicas nào ousa estabelecer um outro caminho que a sua linha programática houvera porventura estabelecido.

O chamado “Centrão”, agregando o conjunto de partidos pequenos, tende a seguir a linha e a prática do PP, cobrando. agora, nacos maior de poder porquanto sentindo a provável manutenção da dissidência do PSDB, aproveita a circunstância para buscar apropriar-se de maior participação nos cargos, posições e verbas orçamentárias do governo. Da mesma forma, parece mostrar a mesma inquietação o DEM, do Presidente Rodrigo Maia que, motivado pelos “mesmos ideais” do Centrão e exibindo parte das queixas de Rodrigo Maia contra membros do Governo, exige maior participação no banquete.

O segundo fato relevante no cenário político diz respeito às candidaturas que já se ensaiam ou já começam a ser postas na rua e, consequentemente, já provocam não apenas rusgas mas, até mesmo, possíveis rachas partidários. Talvez o único partido onde não estaria já ocorrendo desentendimentos ou divergências, seria no PT, porquanto a única saída ou salvação para o partido e para a sua história, estaria  reduzida a um homem, no caso, Luís Ignácio Lula da Silva. Mesmo assim, alguns petistas temem que, caso venha a ser condenado em segunda instância pelo Tribunal Federal do Rio Grande do Sul, os seus direitos políticos poderão vir a ser objeto de suspensão ou de cassação pelo STF, frustrando-se, dessa forma, a única opção eleitoralmente viável do partido. E, dessa maneira, o PT teria que inventar uma outra opção cujo desempenho eleitoral será incomparavelmente inferior ao de Lula.

No PSDB  a movimentação de João Dória, não só nas articulações em vários segmentos da sociedade;  na sua antecipação em buscar tornar-se aquele que se mostra o mais capaz de confrontar e questionar Lula; além do périplo que já faz Brasil afora,  já incomoda Alkimim e os seus aliados; também a sua movimentação e desembaraço, são vistos de maneira bastante crítica por veículos como os do Sistema Globo de Comunicação, que já fizeram, aparentemente, sua opção preferencial por Lula. Assim, Dória já recebe, ao lado de Alkimim, duras e constantes críticas do sistema.

Outras candidaturas já são posta na mesa como a volta de Marina Silva como um espécie de “de javu” sem nada de novo a apresentar; o radicalismo direitista de Bolsonaro; a proposta do recém criado Podemos, na figura do Senador Alvaro Dias; o retorno de Cristóvão Buarque pelo PPS e algumas propostas exóticas como a possível candidatura de Joaquim Barbosa ou de algum craque de algum esporte bem popular ou alguma figura televisiva como já se deu com Silvio Santos, seriam as apostas prováveis para 2018.

Um terceiro aspecto do cenário político seria o processo de crise e de um possível quase que esfacelamento da base de sustentação parlamentar do governo gerando efeitos deveras perversos não apenas para a aprovação das reformas, ainda em discussão, bem como para a implementação das medidas fundamentais a garantir as pré-condições essenciais para que haja continuidade no processo de reorganização da economia e, consequentemente, na retomada, já em curso, de seu dinamismo e crescimento.

Também ainda podem vir a ser objeto de tumulto do cenário político nacional, o que poderá ocorrer com a Operação Lava Jato e a postura a ser adotada pela nova Procuradora Geral da República, juntamente com o Ministro da Justiça que parecem, buscarão enquadrar procuradores e juízes para que o processo não continue tão frouxo,  como acham alguns como o Ministro Gilmar Mendes. Ademais, deverá ser objeto de preocupação dois fatos que já se vem observando no cenário nacional que são os conflitos de idéias, espaços e interesses entre a Polícia Federal e o Ministério Público bem como os desdobramentos da decisão tomada pela Presidente Do Supremo Tribunal Federal, Ministra Carmen Lúcia  que determinou a abertura da “caixa preta” das remunerações diretas e indiretas da magistratura o que, por certo, pelos excessos e absurdos que já são conhecidos, levarão a uma indignação da sociedade e a um descrédito ainda maior do Judiciário.

Quanto ao horizonte econômico o cenarista produzirá as suas especulações no próximo comentário porquanto há muito o que especular quanto ao que se passa nesse universo que parece hoje bem descolado do que ocorre na cena política.

 

 

 

E AGORA, PARA ONDE AS MALAS VÃO BATER?

Passada a refrega, onde os grupos antagônicos procuraram demonstrar que ganharam ou não perderam com o episódio, inclusive a Rede Globo, cujas verbas de publicidade do governo veem caindo, continuamente, desde 2015, é hora de avaliar que caminhos seguirá o País e quais projetos e medidas serão necessários para que se retome o crescimento, de forma contínua e segura.

Temer, fortalecido, insiste em acelerar as reformas institucionais, inclusive a tributária e a política além da previdenciária buscando adotar também uma série de outras medidas  capazes de demonstrar o seu empenho em adotar práticas e atitudes que mostrariam empenho no objetivo de melhorar a qualidade da gestão  pública, reduzindo-lhe desvios de conduta e melhorando a sua eficiência.

Temer mostra-se orgulhoso e acredita que agora promoverá as reformas, fará a economia apresentar resultados além da estabilidade e do controle da inflação e tem convicção de que, com tais providências, fará história.

Dentro dessa perspectiva buscará ele demonstrar que foi capaz de tirar o país da maior crise da história e procurou, em dois anos, corrigir distorções e vícios acumulados pelo populismo eleiçoeiro do PT e promover reformas institucionais fundamentais a modernizar a estrutura e o aparato do estado para alterar o curso da histórica econômico-social e política do Brasil!

Além das reformas, cuja aprovação  é considerada prioritária e fundamental para o País, o governo central já busca rever suas previsões para o déficit orçamentário que, segundo os “policy makers”, deverá ser ampliado para 159 bilhões de reais, representando um aumento de 20 bilhões de reais acima do déficit inicial previsto. Tal fato decorreu em face de receitas previstas não se realizarem e de gastos totalmente rígidos e impossíveis de serem reduzidos. A ideia de não incorrer no mesmo que incorreu com o Governo Dilma que as revisões da previsão de déficit acabaram se caracterizando nas chamadas pedaladas fiscais e representaram uma atitude inaceitável de esconder do público, erros ou equívocos.

Poucos pessoas afeitas às lides do poder e da negociação com o Parlamento não dimensionam as dificuldades de convencimento dos senhores parlamentares, daquilo que é bom para o País. Ali a regra ē primeiro o resguardar interesses pessoais e particulares e, cobrar caro pelo apoio as medidas e propostas de governo. O Presidente há que sempre buscar entender que será obrigado a promover um verdadeiro balcão de negócios onde cada parlamentar tem um preço traduzido em liberação de emendas, cargos de segundo escalão e solução de pendências junto a órgãos de controle e de gestão de negócios do governo.

Se assim não proceder, reformas não serão aprovadas e medidas de aperfeiçoamento do setor público serão adiadas com enorme comprometimento dos objetivos de retomada do crescimento, da geração de emprego e da superação dos atrasos provocados pela estagnação e pela recessão de mais de dois anos que experimentou o Paìs.

Agora mesmo o chamado Centrão — grupo de partidos pequenos e mais o PP –exige cargos e posições a serem subtraídos dos chamados votantes “infiéis” isto como contrapartida para atender às demandas do governo com vistas a formação da base para a aprovação das reformas. Por outro lado, o governo precisando do apoio de 308 deputados para aprovar a principal das reformas, no caso, a da Previdência, sabe Temer que tais votos só poderão ser conquistados se os infiéis dos partidos de apoio ao governo decidirem votar com fidelidade. E, neste caso, incluem-se aí os deputados do PSDB!

A arte de governar envolve ingredientes os mais variados em termos de negociação, de transigências e de concessões cujo preço é discutível dentro do que se caracterizaria como uma atitude ética. Ademais, a imprensa, marcada por uma posição bastante crítica e, às vezes injusta e impiedosa, requer ser administrada e remunerada para que não estimule e, pelo patrulhamento que sabe impor, leve a mudança de votos nas reformas, por parte de deputados mais inseguros.

Assim, se Temer mostrar habilidade, paciência e compreensão, a possibilidade de o País ver concretizado tais reformas não é remota mas, relativamente, plausível. E se tal ocorrer, como a economia depende de expectativas e de credibilidade, o ambiente econômico alcançará melhoras sensíveis muito mais significativas do as que já se observa de tal forma como já se pronunciam  as agências de “rating” internacionais, quando anuncia que o País já volta a alcançar os índices de credibilidade registrados em 2013. Também o emprego já mostra uma reversão tendência  e já são criados os bons empregos — empregos com carteira assinada — atingindo cerca de 103 mil vagas, criadas a partir de janeiro de 2017!

A proporção em que o ambiente muda, as expectativas são mais favoráveis e a  própria credibilidade das instituições aumenta, fazendo com que ocorra um conjunto de atitudes e consequências favoráveis. Entre essas, a entrada de novos investimentos internacionais, a adesão à licitações de concessões de serviços públicos e o estímulo a empreendedores nacionais a adotarem posição proativa em relação à exploração das novas frentes de investimentos como as obras de infraestrutura urbana, de implantação de projetos na área de energias alternativas e das riquíssimas oportunidades nas áreas de plataforma de serviços e de turismo.

Finalmente, mesmo com as pontuais crises políticas e a convicção de adeptos e adversários considerando que, se Temer cometeu crimes, só poderá ser julgado depois de afastado do poder, então o País alcança a trégua necessária para que as ações da equipe econômica sejam implementadas a tempo e a hora requeridos para que a sua eficácia não seja comprometida.

 

 

 

I

O COMPROMISSO COM A ÉTICA E A ÉTICA DO COMPROMISSO!

Se há algo que mexe com o cenarista, é a reação das pessoas às suas palavras, atitudes e gestos. E mexe, no melhor dos sentidos, pois o faz no sentido de buscar examinar os seus erros ou as suas imprecisões.  No caso específico, as avaliações críticas às suas análises e manifestações, são de maior relevância para os seus julgamentos, a serem processados com isenção  e imparcialidade. A preocupação ou o propósito das apreciações e das análises intentadas pelo cenarista, é fundamental registrar,  tem sido sempre procurar estabelecer um ponto de vista sobre o quadro politico-institutional,  no mais das vezes, sem qualquer “part-pris”.

Isto porque,  desligado que está da política, com o compromisso assumido consigo e com seu entorno de afetos e de amizades, em 2007,  de que nunca mais voltaria a exercer qualquer cargo ou missão pública ou  política, assim procurou agir, inclusive ficando sem filiação partidária e sem compromisso de caráter ideológico, o que lhe permitiu,  sem amarras quaisquer, buscar a  isenção e também fugir das paixões que movem muitos, marcados que são por idéias ou vinculações de caráter politico-ideológico ou partidário.

Pode ser até que a leitura de apreciações do cenarista possam ser entendidas ou interpretadas como defendendo posição A ou B, ou grupo politico X ou Y mas o cenarista reafirma, do fundo d’alma, que não tem empenho, simpatia ou compromisso, com quem quer que seja ou com qualquer posição política ou ideológica,  a não ser a de ver esse país dar certo. O que deseja e sonha é que o estado não sacrifique mais a sobrevivência dos brasileiros, notadamente os de baixa renda e não se mate a esperança de milhões de jovens quanto ao seu futuro mais imediato e as expectativas de ver o Brasil cumprir a sua destinação histórica de grande potência!

Assim, quando se defende que não se promova qualquer ruptura no processo politico-institucional é porque, após a crise que o País ainda está se saindo dela, a maior da história republicana, o País e os atuais 13,5 milhões de desempregados, não aguentariam mais uma redução de mais outros dez por cento do seu PIB, como ocorreu em 2015 e 2016! E, uma ruptura no processo político, levaria ao desconhecido em termos de quem assumiria o processo e a liderança das ações de governo e de estado; por quanto tempo duraria a instabilidade e quais os efeitos que ocorreriam sobre a economia, notadamente agora que se dispõe de uma excepcional equipe econômica, cujos resultados de sua ação já são bastante visíveis!

E isto só ocorrerá quando não houver mais essa disputa inglória  de ganhadores e perdedores que só interessa a alguns poucos e não serve a nada e nem a ninguém! Que se estimule e apoie a guerra de opiniões e de idéias que brigam e de divergências que se confrontam, sem que tal  importe em lutas fratricidas.

Ademais, movido pelo sentimento maior de paixão pelo sua pátria, sem quaisquer interesses de natureza material ou política,  mais movido apenas por um acendrado  sentimento de respeito ao exercício da  cidadania e por uma inabalável crença num futuro possível e promissor para este País, são as razões que motivam tais comentários.

Assim o cenarista aposta na concretização  das reformas política, previdenciária e fiscal, mesmo que não sejam marcadas por linhas, diretrizes e objetivos bastante amplos e profundos quanto necessários, mas que ocorram e deem um alento de que as coisas estão mudando na direção  de melhorar o aparato estatal de  apoio ao desenvolvimento e modernização da sociedade brasileira.

Dessa forma, a manifestação do cenarista é de alguém que nunca militou na esquerda e nem na direita, sempre defendeu a chamada ideologia da cidadania responsável, marcada pelo respeito amplo as liberdades civis e ao direito de ir e vir de qualquer e cada um dos cidadãos e da sua ampla e irrestrita fidelidade ao Brasil.