UM VOTO DE CONFIANÇA

Uma Outra Vez

Foto de: Resistência Democrática

A convicção de uma idéia gera uma causa, pela qual as pessoas se empenham teimosa e insistentemente. Busca convencer a amigos, companheiros, colegas, parceiros e leitores de que esse é o caminho e representa uma opção confiável para responder as angustias, demandas e sonhos das pessoas.

O cenarista gostaria de se dirigir aos seus colegas bancários, notadamente os do Banco do Nordeste, casa que lhe deu uma carreira e, praticamente, uma vida, para apresentar o nome do candidato a Deputado Federal, PAULO HENRIQUE LUSTOSA, 1133. É um homem limpo e correto. Apresenta um curriculum exemplar, bem como uma folha de serviços de especial relevância prestada ao estado e ao País.

Também  dirijo um apelo aos seus colegas professores, já que foi professor do segundo grau — Liceu do Ceará e Anexo da Vila Zoraide — além de ter sido professor da UECE, UFC e da UVA, para que votem no nome de um professor da FGV, do Instituto Joaquim Nabuco, do Instituto João Pinheiro, sendo mestre em políticas sociais e doutorando, pela UFC, em políticas e gestão ambiental.

Aos amigos e conterrâneos de Sobral e da Zona Norte, da Serra da Ibiapaba, onde implantamos o POLONORDESTE, o Projeto Sertanejo  e o Centro de Caprino e Ovinocultura em Sobral,  fica a lembrança do nome que, com certeza, dedicará muito do seu tempo e talento às causas das regiões cearenses como as da grande Zona Norte.

Aqueles que conhecem a história de Paulo Lustosa, o que ele fez, as idéias que ele defendeu e as causas pelas quais lutou, ainda estão marcados na memória de amigos e seguidores, daí votem em que honra e dignifica seu nome.

Paulo Henrique LustosaPaulo Henrique Lustosa, com certeza, fará mais e melhor do que seu pai fez,  pois defende os mesmos principios, valores e compromissos. Devota-se com maior entusiasmo e mais amplo conhecimento dos problemas do estado e as demandas do seu povo, pelas causas nobres dos cearenses.

Na hora de votar tenha uma certeza:

Eu Confio,
Eu Voto!

E POR QUE NÃO?

LustosaRoosewPinO cenarista tem sido instado por amigos e leitores, a se manifestar, notadamente sobre que País sairá das urnas no próximo dia cinco de outubro. Aliás, tem sido até mesmo questionado porque não tem dedicado, até agora, um só comentário sobre as candidaturas proporcionais, máxime as de deputados federais. Isto porque, na democracia a representação parlamentar pode ter papel crucial para mudar a forma de fazer política e de promover a gestão da coisa pública. Também amigos, antigos eleitores e, até leitores, tem indagado porque não comenta o quadro, as alternativas e as opções eleitorais, máxime em seu estado, o Ceará.

Segundo muitos, ali avultam nomes que disputam um mandato na Câmara Baixa do Pais que, pelas suas qualificações, pela sua retidão ética  e pelos seus compromissos político-sociais que a cidadania impõe, poderão gerar esperanças de que esse complicado estado de coisas possa mudar e melhorar.

E, entre essas alternativas um nome que, pelo seu curriculum, pela sua formação, pela sua experiência, pela sua competência técnica, a par das suas contribuições, notadamente à causa da infância e da adolescência. Dedica-se a defesa dos conceitos da verdadeira sustentabilidade, ambiental e geral , e isto será  capaz de reacender as esperanças de que possa  surgir um novo paradigma de representação parlamentar no País.

A teimosia e a resistência em não fazer a defesa de tal nome só foi quebrada quando sua avó e madrinha, do alto dos seus cem anos, Dona Dolores declarou, em alto e bom som, que não abriria mão,  de forma alguma, de ir à cabine eleitoral e sufragar o nome de seu neto. Também pesou na decisão do cenarista a exigência de um dever cívico de não deixar de oferecer informações essenciais ou privar os eleitores de dados que pudessem tornar,  mais segura e serena, as suas decisões e as suas escolhas.

É mister que se diga que o candidato que o cenarista apoia e defende, admite-se e presume-se venha de duas raizes familiares que são os Lustosa e os Ellerys que, como se sabe, conquistaram a simpatia e a admiração de tantos que privaram de sua convivência, conheceram os seus trabalhos e obras e, no caso do avô materno do candidato, General e governador Humberto Ellery, conheceram a sua largueza de espírito,  a sua humildade e a sua generosidade.

0170Sendo assim, orgulha deveras o cenarista, ao apresentar o candidato a deputado federal, Paulo Henrique Lustosa que, com um curriculum invejável, o mesmo se  envaidece de ter prestado um enorme serviço ao Ceará e aos cearenses, não só no período em que comandou toda a área de meio ambiente do estado mas também quando operou decisões fundamentais para que a inclusão digital, o acesso universalizado à internet de banda larga além de medidas destinadas ao desenvolvimento regional, viessem a ser tomadas pelo governo federal, quando, à época,  exercia o mandato de deputado federal.

Com isso, Paulo Henrique Lustosa, o deputado aqui apresentado, daria continuidade, com dignidade, decência e compromisso, o trabalho que o CENARISTA desenvolveu em prol do Ceará, do Nordeste e do Brasil, ora como Técnico em Desenvolvimento Econômico do BNB; como professor das Universidades Estadual e Federal do Ceará; como Secretário de Planejamento e Coordenação do Estado; como deputado federal por dez anos; como ministro da desburocratizarão do País; como Presidente e criador do Sebrae com S; criador do Programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios, além de ter sido Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB nacional. É mister, também, assinalar  que teve o privilégio de ser Secretário de Indústria e Comércio do Estado do Maranhão, de ter sido Secretário Executivo do Ministério das Comunicações e de ter também ocupado a Presidência da Fundação Nacional de Saúde.

Se o leitor amigo tiver a pachorra de ler o breve curriculum do moço no link anexo, vai concluir que, como pai, o CENARISTA só pode se orgulhar de alguém que, além de um talento excepcional, de uma formação acadêmica que ora se completa com um doutorado em gestão ambiental e de um caráter marcante, pois é cordial no trato, humilde na atitude e  sente um enorme prazer em servir  ao povo e aos seus desígnios, é a melhor das opções para representar os cearenses no Congresso Nacional.

logotipo_paulo_numeroPor isto eu Confio, eu Voto, em PAULO Henrique LUSTOSA, com o número 1133 para dar continuidade a um trabalho que nunca se exauriu e nunca se exaure pois a vaidade e o orgulho de receber os aplausos por servir ao povo é o que alimenta a sua alma e engrandece o seu espírito!

POR QUE MARINA CAIU NAS PESQUISAS?

 

Cientistas políticos, analistas de ocasião e outros especialistas em generalidades, tentam, a todo custo, buscar explicar porque Marina da Silva vem caindo nas pesquisas e antecipar a possibilidade ou não da candidata reverter um quadro que a faz se aproximar, perigosamente, de Aecio Neves, nas preferências populares! Aí surge a natural indagação: quem irá para o segundo turno com Dilma Rousseff? Aecio ou Marina?

Antes de qualquer consideração ou especulação é fundamental que os analistas de plantão se debrucem sobre o que aconteceu com Marina da Silva nos últimos vinte dias porquanto tendo alcançado empate técnico com Dilma no primeiro turno, as últimas pesquisas indicam uma diferença pró-Dilma que, em algumas circunstâncias e institutos,  já alcança os treze pontos percentuais! O, que, de fato, ocorreu?

Alguns admitem que três fatos pesaram para que tal ocorresse. O primeiro deles teria sido uma mudança no discurso da candidata onde o recuo relacionado a questão dos direitos dos homossexuais, exigido pelos evangélicos, teria propiciado uma acusação de insegurança e inconstância. Também a mudança do discurso em relação a energia nuclear e o seu aproveitamento como fonte de energia teria sido outro deslize.

Adicionalmente , a acusação de falta de experiência administrativa e às contradições mostradas entre o discurso de uma nova política e a aceitação de alianças que contrariariam tal conceito, seria um outro elemento que teria causado essa perda de apoio popular. A par disso, a falta de tempo ou um tempo escasso na TV, a falta de estrutura de poder, de apoios partidários e recursos financeiros limitados, fariam parte das outras dificuldades enfrentadas por Marina.

Se tudo isso não bastasse, as acusações e a busca de desconstrução da imagem de Marina, tanto promovida por Dilma como por Aécio, tenderam a provocar sérios estragos. Junte-se ainda ao quadro, o complicado  Jogo de interesses dos institutos de pesquisas que, estranhamente, mostram comportamentos e tendências distintas, pelo menos duas semanas antes do pleito e, depois, para mascarar o tendenciosismo com que se comportaram, buscam uma convergência de tendências e dados para não perderem, de todo, a credibilidade.

Diante de tudo isso,  o que se admite é, mesmo com tais percalços, Marina venha a ser a adversária de Dilma no segundo turno. E, o que se presume também é a tendência que deverá prevalecer é  a de que os eleitores de Aecio e do Pastor Everaldo por razões óbvias votem em Marina. E pelo fato de Marina ter pertencido  as  hostes do PT, por muitos anos, alguns membros do partido que, já tendo manifestado a sua insatisfação com o estilo Dilma de ser, tendam a migrar para um apoio a Marina. E aí, com tempos iguais de TV e a reacomodação dos partidos em torno das duas candidatas, até mesmo os recursos financeiros que ora são escassos, tenderão  ser mais generosos para Marina.

 

Claro está que, esta última semana será decisiva pois aqueles que ainda podem alterar as suas preferências eleitorais, notadamente  os 28 milhões de infiéis e indecisos, além do que os palanques estaduais poderão oferecer, aos candidatos presidenhciais,  talvez algum fôlego adicional. E tal fato ainda poderá provocar pequenos estremecimentos pontuais nas tendências mostradas nas pesquisas. E,  talvez, se porventura venha a ocorrer algum fato muito especial que possa favorecer Aecio possa resssuscitar e, voltar-se-ia, então, a velha polarização PT versus PSDB e teria tido vida efêmera a chamada terceira via. Mas, pelo que se sabe e se sente, isto está muito pouco provável  de ocorrer!

 

 

 

MAS QUE CAMPANHA EXÓTICA!

Esta talvez seja a mais atípica campanha eleitoral que os brasileiros vivenciam e já vivenciaram desde a instalação da Nova República, pelo menos! Fria, insossa, sem despertar paixões, está campanha é incapaz de propiciar embates interressantes de idéias ou, até mesmo, de vitupérios e agressões.

Se para eleições majoritárias que, praticamente, se caracterizam por serem quase plebiscitárias, até mesmo no primeiro turno, a campanha tem se mostrado chocha, insípida, inodora e Incolor. E, a pergunta que vem ao ar é, por que tanto desinteresse e tanto descaso vez que, se sente no ar e na atitude dos formadores de opinião uma ânsia mudancista ? Por que tanta ausência das pessoas, não importa o nível intelectual e de renda  nas discussões, vez que são enormes os problemas, os desafios e as dificuldades enfrentadas pelo Brasil?

Se para as eleições majoritárias se sente esse sem sabor e sem entusiasmo dos eleitores, a situação ao nada é mais dramática quando se discutem as alternativas para as eleições proporcionais. Ninguém mostra um pingo de interesse no pleito. Começa pelo fato de, noventa por cento dos eleitores não saberem em qual deputado, tanto estadual ou federal, votaram! Por outro lado, até o dia 20 de setembro , quinze dias antes do pleito, segundo pesquisa divulgada pelos principais veículos de comunicação, 77% dos eleitores não tinham a menor idéia de quem sufragar, no dia 5 deoutubro!

E qual o por que dessa indiferença e dessa total apatia dos eleitores? Deriva, em parte, da frustração e do desencanto com a classe política, marcada por desvios de conduta, não cumprimento de compromissos, falta de nitidez doutrinária, um comportamento leviano e, muitas vezes, reprovável, em relação as alianças políticas e posturas diante de temas polêmicos.

Ademais, parece que a sociedade descobriu que, no atual sistema político-eleitoral, em face da permissiva aceitação das chamadas coligações proporcionais, ao votar em um candidato a deputado de sua preferência, o eleitor  acaba elegendo outro que não diz nada a ele ou, às vezes, pensa ou age de maneira diametralmente oposta ao seu preferido. Ou seja, você não vota sequer na sua legenda partidária, mas num amontoado de siglas, sem qualquer afinidade ideológica, doutrinária ou programática, ao mesmo tempo em que acaba elegendo alguém totalmente desconhecido para você!

Voce atira no  que viu e acerta no que não viu ou não queria ver. Assim, do jeito que o processo caminha, além da descaracterização dos partidos e o abandono de suas bandeiras, como foi o caso do PT, a militância agora só opera devidamente remunerada e os chamados “vaqueiros de votos”, precificaram, em valores absurdos, o valor de seu trabalho.

Assim, o pleito atual gerou um grande paradoxo como bem explicitou o ex-senador Albano Franco: “É a eleição mais cara e a mais sem dinheiro que eu já assisti”! Aliás, estranhamente, os empresários “costuraram” os bolsos e também não tem qualquer preocupação com os parlamentos que surgirão do pleito e, depois, estarao lamentando a qualidade dos seus representantes!

Finalmente, algo novo que  não se tem uma sequer tênue ideia de seu papel neste pleito, são as chamadas redes sociais. Elas se popularizaram bastante e, inexistem estudos de como utilizá-las para fins políticos e eleitorais, a não ser as experiências externas — Obama, a Primavera Árabe — ou um pouco, as mobilizações de Junho passado. Não  se sabe com que intensidade, frequência e natureza do conteúdo utilizá-las para que se tenha um recall ou uma repercussão positiva em favor de qualquer candidato!

Assim o que resta aos cidadãos é esperar que Deus e o acaso nos protejam!

 

UMA ECONOMIA EM DESORGANIZAÇÃO!

Economistas dos mais respeitáveis do País, reuniram-se para discutir uma agenda pós-PT, diante do espirito mudancista que ora domina a sociedade brasileira. Caracterizando-se como um grupo de oposição ao quadro patético que ora permeia os vários aspectos da economia nacional, referidos mestres da ciência apresentaram um conjunto de idéias e sugestões!

As conclusões do grupo são, em primeiro lugar, que a crise que ora domina o País “nada tem a ver com a crise internacional” e está determinada por erros e equívocos na condução da política econômica nacional. E, a proposta, em síntese, está marcada pela redução gradual da meta inflacionária de 4,5 para 3%; fim dos financiamentos subsidiados ao BNDES, pelo Tesouro Nacional; transparência nas contas públicas e investimentos em infra-estrutura e educação, objetivando o aumento da produtividade e a retomada do crescimento.

Tais propostas, pela qualidade dos profissionais que as suportam, merece credibilidade e respeito diante das previsões quase catastróficas em relação ao crescimento do PIB que, a cada novo relatório do FOCUS do Banco Central, mais e mais encolhe, já estando no entorno de 0,5% de expansão da economia para 2014,

Por outro lado, preocupa deveras a situação das contas públicas, cada vez mais deterioradas onde as receitas não crescem porquanto a economia diminuiu bastante o seu nível de expansão e, do lado das despesas, o crescimento supera a casa dos 10% anuais! Ademais, o superávit fiscal necessário para pagar os juros da dívida publica nacional que deveria situar-se em torno de 3,5 a 3,7% do PIB, mal chegará aos 1,1%!

Se tal não bastasse, só na Previdência, o déficit, segundo o Ministro Garibaldi, irá alcançar cerca de 100 bilhões, somente este ano! Se as coisas assim se comportam em termos de contas públicas, a situação do setor externo só não se torna mais dramática por duas razões fundamentais. A primeira é que, a retomada da China em termos de importações de commodities, o recomeço europeu e a crise da Russia face a questão ucraniana, abriram a possibilidade de redinamização das exportações de grãos e carnes para os produtores brasileiros. O outro aspecto que tem minimizado o drama das contas externas do País é que, apesar de toda a desconfiança na economia brasileira por parte dos investidores, o Brasil ainda se situa no quinto lugar em termos de atração de investimentos externos.

Uma total crise de confiança dos agentes econômicos em relação ao poder e as instituições do País, geram um enorme pessimismo o que fica demonstrado e patente diante do que tem ocorrido com a bolsa de valores, marcada por quedas significativas no seu movimento e nas suas cotações, toda vez que as pesquisas eleitorais que mostram indícios de que o PT pode continuar no poder e as bases da política economica poderão vir a ser mantidas.

Portanto, diante do quadro que se apresenta, o futuro é incerto e inseguro requerendo não apenas preocupações sérias e responsáveis mas, também uma atitude propositiva, capaz de gerar esperança consequente para os brasileiros. E, qual dos candidatos irá propor tais mudanças consistente e coerentes na concepção e gestão das políticas públicas do País?

O TIROTEIO CONTRA MARINA, AS TEORIAS CONSPIRATÓRIAS E O ANDAR DO PLEITO!

É impressionante como Marina não apenas assustou mas mobilizou petistas e aecistas, provocando nos mesmos, uma reação desmedida e uma fúria implacável contra a presumida frágil competidora, como mudou as características da disputa. Ao invés de ser uma campanha propositiva, passou a ser um discurso de desconstrução de Marina, onde a reação envolveu até mesmo o próprio Presidente Lula que, mesmo tendo sido sempre poupado e até elogiado por Marina, foi duro e até impiedoso com a sua outrora aliada, o que a levou as lágrimas.

A última pesquisa revela algo que está no centro das discussões qual seja, que o anseio mudancista no País é bem mais significativo do que se imaginava e não representa, como alguns pensavam, uma mera nuvem passageira. Também, uma outra constatação é a de que a taxa de rejeição ao PT, máxime no Sul, Sudeste e Centro Oeste, encontra-se acima de 42% e, ainda, numa tendência de crescimento. Em terceiro lugar, que a estratégia de bater em Marina, está sendo revista pelos assessores de Dilma porquanto acham, eufemisticamente, que o que deveria ter sido feito de desconstrução , já teria chegado ao seu limite.

Por outro lado a reação contra Marina tem sido pesada indo até uma suposta e já denunciada manipulação dos dados da pesquisa de opinião, por um dos mais conhecidos institutos de investigação de preferências eleitorais do País. Até a tentativa de satanizar a amiga de Marina, no caso, a Neca do Itau, levou a uma estratégia perigosa de Dilma que, ao xingar empresários, afastar banqueiros, colocar a escanteio, o agronegócio, está assustando a elite empresarial do País. Tanto isto é verdade que a bolsa de valores caiu 6,5% em uma semana e, o dólar, disparou, mostrando os temores do ambiente empresarial diante da possibilidade de manutenção da política econômica atual.

Adicionalmente, embora, erroneamente, Aécio tenha embarcado nessa canoa furada de Dilma, procurando desmontar Marina, ao rever os seus conceitos e descobrir que o erro estava na sua estratégia de campanha e na sua postura pouco afirmativa e propositiva, resolveu voltar-se para a região sudeste e, notadamente, para a sua Minas Gerais, onde ora perde a eleição de governador e tem menos preferencias do que Dilma Rousseff, como forma de reconquistar espaços perdidos. Assim é que, abocanhou três pontos percentuais de Dilma e um de Marina, voltando a se firmar nos 19% anteriores.

Um outro fato singular é que, na proporção em que se firmam posições nos estados, a repercussão em favor dos candidatos a presidente começam a aparecer. Aécio, por exemplo, está sendo beneficiado pela confortável situação de Beto Richa no Paraná e uma perspectiva firme e otimista de sua aliada no Rio Grande do Sul, Ana Amélia, o que lhe rendeu os ganhos recentes no apoio popular.

Um fato novo e alvissareiro para as oposições é que, os mais respeitados economistas do País, estabeleceram uma espécie de agenda para o País e o grupo reúne apoiadores de Aécio e de Marina, mostrando, claramente que, não haverá divisões entre os dois grupos e os embates consideram a possibilidade de um apoiou o outro num eventual segundo turno. Já Dilma sabe que, num segundo turno, Aécio nunca a apoiaria e, depois do que ela bateu em Marina, esta última tenderá a apoiar Aécio Neves.

Finalmente, os encontros de Marina com o empresariado tem sido muito proveitosos e, como esse cenarista já previa, o PMDB, fiel da balança da necessária garantia de governabilidade no País, já tem muitos simpatizantes de Marina e, até a volta de Pedro Simon à cena como candidato ao senado no lugar de Beto Albuquerque, demonstra que, eleita Marina, com a sua tese de escolher “os melhores dentro do PT, PSDB, PSB e PMDB” revela que tal criação de bases para a requerida sustentação parlamentar ao seu possível governo, já estaria em construção.

Assim, pelo jeitão, não adiantam acusações, desconstruções, denuncias vazias, teorias conspiratórias pois, nem “que chova canivete”, Marina é poule de 10 para o segundo turno. E, se Aécio retomar a sua Minas Gerais, ampliar os espaços com os seus correligionários candidatos a governador, como é o caso de São Paulo, aí poderá ocorrer uma surpresa, qual seja um segundo turno entre Marina e Aécio. Claro que, pelos dados atuais, a tendência é que o segundo turno venha a ocorrer com as duas mulheres, Dilma e Marina.

COMO VIABILIZAR E FINANCIAR PRIORIDADES?

Ē absolutamente esperado e aguardado a reafirmação dos compromissos dos candidatos com idéias e propostas que ultrapassam os limites do possível e do viável. Poucas vezes, os contendores questionam as fontes dos recursos e o modus operandi de idéias salvadoras e tendentes a superar problemas de dimensões ou de qualificações acima do que, muitas vezes, são imaginadas as fórmulas possíveis de equacionamento e dentro da perspectiva de tempo sugerida.

Num dos últimos debates entre os presidenciáveis Dilma questionou Marina sobre onde e como ela garantiria os recursos necessários a atender o cumprimento de suas promessas relativas a despender 10% do PIB com Educação , um outro tanto com Saúde e mais uma grande parcela com o combate à violência, sem contar reafirmação dos compromissos com a manutenção do Bolsa Família e de outros programas de governo. Isto porque, o orçamento da União já se mostraria comprometido e engessado, não permitindo os graus de liberdade para esse reestabelecimento ou para essa rehierarquização de prioridades!

Marina respondeu, com uma ponderação e uma sugestão, aparentemente simplista, ao afirmar que seria com a redução dos desperdícios. Mais uma vez, a resposta pareceu deveras limitada, incompleta e sonhadora. Mas, é público e notório se sabe que, na verdade, se desperdícios de toda ordem, desvios de recursos, atrasos e desrespeito a cronogramas fossem reduzidos, bem que poderia “financiar”, com folga, tais prioridades pois agregariam, com certeza, novas fontes de recursos.

Três exemplos de descalabro da gestão pública poderiam mostrar como a idéia de Marina poderia ser viabilizada. O atraso nas obras da Refinaria Abreu e Lima, aliado a falta do projeto executivo no início das providências de realização do empreendimento, fizeram com que o seu valor subisse dos 4,5 bilhões iniciais para quase 30 bilhões ao seu final! A Transposição das Águas do Rio São Francisco, inicialmente estimada a obra em 2,8 bilhões, não será concluída por menos de 8 a 10 bilhões de reais.! E assim ocorrem, não apenas com obras mas com a aquisição de medicamentos, equipamentos, material didático e até os materiais necessários ao funcionamento da pesada, lerda e ineficiente máquina pública. Sem contar merenda escolar se estragando, medicamentos vencendo, equipamento sem manutenção e toda ordem de desperdícios serão a olhos vestis.

E assim são as grandes obras e os serviços realizados e conduzidos pela União que, como os metrôs, intermináveis e com custos crescentes, só encontram paralelo nas recentes obras de mobilidade urbana, de reforma e construção de estádios e aeroportos, para a malfadada Copa do Mundo de Futebol.

Se se reduzisse, por exemplo, a taxa de corrupção do País, é bem possível que as Passadena da vida, os inúmeros escândalos na Petrobrás, os mensalões e tantos e tantos desvios de conduta e malversação dos dinheiros públicos, gerariam sobras orçamentárias que permitiriam financiar muito mais do que as prioridades sugeridas por Marina Silva.

Se isso não bastasse, a redução do número de ministérios, de cargos comissionados e de desnecessárias instâncias burocráticas, ajudaria a reduzir a ineficiência, os custos de operação da máquina e a transferência dessa mesma ineficiência para o setor privado nacional. Sabe-se que o quanto o atraso de decisões do estado, uma infra-estrutura limitada e precarizada, o excesso de intervenção do estado limitam a melhoria da eficiência e o aumento da competitividade da economia brasileira. Junte-se a tais providências, uma redefinição do pacto federativo com a conseqüente descentralização de atribuições e competências para estados e municípios, aliado a privatização de inúmeras funções e serviços que poderiam ser bem melhor realizados pela sociedade civil, então isto provocaria a realização de economias de recursos públicos significativas.

Sabe-se que, uma obra feita pela União costuma custar duas vezes mais que a mesma obra feita pelo estado e, no mais das vezes, três vezes mais que a mesma obra realizada pelo município!

Ou seja, a simplicidade da afirmação de Marina embute desdobramentos que conduzem a um conjunto de medidas que podem simplificar, desburocratizar, descentralizar e reorganizar as funções e a gestão pública, melhorando, substancialmente, a sua eficiência e permitindo uma rehierarquização de prioridades capaz de permitir uma menos desigual, injusta e ineficiente oferta de bens e serviços públicos!

O “DEPOIS” DA DELAÇÃO PREMIADA…

Os pretensos especialistas em leitura dos acontecimentos políticos e de seus desdobramentos sobre os presumidos resultados das urnas em 5 de outubro, procuram avaliar as perdas e danos para uns e, os possíveis resultados positivos para outros, da delação premiada do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.

Como não apareceu um nome sequer do PSDB, entre os beneficiados pela ação aparentemente destruidora do ex-diretor, acreditam alguns que Aécio será o que pagará o menor preço porquanto, até mesmo Marina, com o nome de Eduardo Campos sugerido como alguém que se apropriou dos feitos do homem forte do escândalo, até mesmo ela pagaria algum preço. Quem sofreria o maior ônus seria Dilma Rousseff porquanto, nos oito anos do mandarinato de Paulo Roberto da Costa á frente da Diretoria de Distribuição da entidade, ela foi Ministra de Minas e Energia, Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Ministra da Casa Civil do Governo Lula e, finalmente, Presidente da Republica. Ou seja, nos oito anos de Passadena, de Abreu e Lima e de outros embustes, a candidata à reeleição foi diretamente responsável por todo o processo que desembocou no desastre que foram esses últimos anos da outrora uma das maiores companhias do mundo!

Claro que no jogo de acusações, Aécio não será poupado pois que, segundo os petistas, os tucanos de Minas são os precursores da prática mensaleira onde o ex-governador Eduardo Azeredo foi responsabilizado pelo “affair”.  Mas o mais relevante é o significado e a repercussão do problema dos mensalões. Isto porque  talvez se atribua mais maior poder de desgaste em função do  seu tamanho.  Acredita-se que esse da Petrobrás foi o maior entre os maiores. Maior, inclusive, não apenas na dimensão do rombo mas na abrangência dos nomes envolvidos no processo de desvios de recursos públicos!

Para Marina Silva a coisa parece bem mais suave porquanto, quando ela assumiu a candidatura, em face do infortúnio que cercou e ceifou a vida de Eduardo Campos, não havia qualquer suspeição de irregularidades e nem de denúncias relacionadas aos escândalos envolvendo uma das maiores empresas petrolíferas do mundo. Assim, Marina não poderia explicar nada porquanto as investigações caberiam ao Ministério Público, a Policia Federal e ao TCU, sendo que ela em nada poderia oferecer de subsídios sobre a matéria pois ela não teve conhecimento, participação e nem atuação em nenhum de tais presumidos espúrios processos.

A única coisa que Marina tem, sabiamente, procurado colocar é que ninguém pode fazer acusações a um homem morto já que, nem sequer o direito de defesa ele poderá exercer. Ademais, as pretensas acusações a Campos seriam apenas insinuações e não provas de qualquer delito de alguém que sempre teve conduta ilibada e que não fazia concessões aos interesses politico-partidários.

Marina tem sido extremamente esperta na condução de sua campanha. Tem procurado usar aquilo que Lula fez quando se candidatava pela terceira vez a Presidencia. Alí ele procurar mostrar que a sociedade e, notadamente os mais conservadores, não deveriam ter qualquer temor de seu governo. E para tanto, lançou a Carta aos Brasileiros, escolheu um vice, extremamente conservador, o empresário mineiro José de Alencar, trouxe Pallocci para a cena e escolheu o ex-presidente mundial por mais de dez nos, do Banco de Boston, no caso Henrique Meirelles, para a Presidencia do Banco Central.

Ela busca se blindar como ninguém, primeiro  dizendo que irá governar com todos, não fazendo restrições a quaisquer partidos e, nem tampouco a pessoas, dizendo que buscará os melhores, não fazendo restrição a quem quer que seja. A sua amizade com Téca Setúbal, herdeira do Itaú, com o dono da Natura, com Eduardo Giannetti da Fonseca, além ter deixado correr solta a idéia de que chamaria Pedro Simon para MInistro da Justiça; José Serra, para Ministro da Saúde; além de outros nomes que garantiriam a necessária governabilidade, mostra quão esperta ela tem se mostrado.

Finalmente, em todas as declarações, o pensamento centrado e equilibrado, bem como a competência para não se imiscuir em discussões técnicas, tem se mostrado de inegável habilidade sobre aquilo que lhe levaria a  uma tremenda “saia justa”, como os problemas relacionados  à questão do avião sinistrado, os escândalos da Petrobrás e a questão do casamento gay.

Do jeito que a coisa vai, a tendência é que  Marina não terá estancado  o seu crescimento, embora, respeitado o fato de que o PT tem, com certeza, ainda 30% do eleitorado, a não ser que Aécio míngue, ao contrário do que se pense, o segundo turno será entre Dilma e Marina!

Quem aposta no contrário ou em outra hipótese?

TROCA-SE UM PAÍS VIRTUAL POR UM PAÍS REAL!

Em um dos debates entre os presidenciáveis transmitidos por um dos canais de televisão, um dos participantes questionou a Presidente Dilma Roussef sobre essa terra prometida “de leite e mel” “onde não haveria desemprego, a inflação estaria sob controle e a suposta recessão da economia seria muito mais um erro de avaliação dos adversários do governo do que uma questão objetiva e de fato”. Ou seja, segundo a Presidente, a chamada Felicidade Nacional Bruta alcançava os seus maiores índices e, o que o povo, de fato queria, segundo Dilma “era que fossem mantidas todas as benesses garantidas pelo seu governo e que a qualidade dos serviços que hoje são oferecidos aos brasileiros, fosse mantida”!

Ora, esse parece não ser o país real pelo menos na opinião da maioria dos brasileiros. Aliás, o país em que vivem os cidadãos dessa “terra descoberta por Cabral”, está muito mais marcado por violências de toda ordem, desestruturação da vida urbana, desindustrialização e, pelo que se percebe, por um atraso generalizado. E, pelo que se sente, tudo que as instituições e o poder constituído divulgam para o cidadão comum não parece muito confiável e verdadeiro. Aliás, para muitos, tudo cheira a falso, maquiado ou manipulado.

Agora mesmo os jornais, ao mostrarem um desempenho um pouco melhor da balança comercial brasileira, em agosto, advertem que o “superávit de 1,17 bilhão de dólares em agosto foi inflado por uma manobra fiscal do governo”. Segundo se afirma, o resultado é fruto da venda de uma plataforma de petróleo cujo resultado da transação teve o seu valor lançado na contabilidade externa do país, sem uma lógica advinda de uma transação real de bens e serviços do País.

Por outro lado, a propaganda no rádio e na televisão do País, no famigerado horário eleitoral gratuito, leva os brasileiros a constrangedora constatação ou sensação, de que estão sendo visto, pelos candidatos, como um bando de “abestados”, na linguagem dos cearenses ou, por um bando de ingênuos, distraídos e alienados.

Ao sair-se desse delírio dos programas dos candidatos, onde a desonestidade impera, nos intervalos, depois de toda essa frustração, ingressa-se, uma outra vez, em outro mundo fantasioso. Os comerciais das empresas estão hoje marcados pela propaganda enganosa e pelo oferecimento de produtos que, no mais das vezes, não serão entregues ou se forem, não o serão no tempo acordado e as suas garantias propostas, de certo, não serão respeitadas.

Ademais, todos os dias, as informações colocadas a público, pelos órgãos oficiais, são maquiadas, não só do ponto de vista contábil bem como por uma manifesta irresponsabilidade e um verdadeiro gesto criminoso, dando uma demonstração patente de que, como ninguém vai ter a pachorra de checar os dados e as informações oferecidas, os ingênuos e os incautos irão engolir a tramóia.

Sem querer ser pessimista ou negativista, está tudo muito difícil de engolir. Imagine-se quando os dados relativos a inflação estão sendo divulgados, descobre-se que eles não refletem a inflação verdadeira, de fato, pois estão mascarados, vez que os preços administrados não estão sendo reajustados em termos da inflação real e no adequado “timing”.

Insiste-se em dizer que, como são postergados ajustes de preços e valores, deixando-se para incorporar os aumentos em data ulterior ao período em que ocorreram tal atitude mascara a inflação e compromete a credibilidade dos agentes públicos.

Como já é do conhecimento de muitos, os dados fiscais tem sido objeto de frequentes manipulações, não só por valores que deixam de ser lançados no momento próprio; por apropriação antecipada de dividendos de estatais; por criação sistemática ou reedição do REFIS ou antecipação de receitas fiscais, além de outros artificios, como, por exemplo, não transferir repasses devidos a estados e municípios e/ou a programas federais, ensejando uma subestimação de despesas, consequentemente, mascarando o déficit fiscal mensal.

Assim, pelo o que se sente e se avalia, não há nada em que se possa acreditar no País. É um desabafo de quem sempre acreditou tanto e não encontro mais razão especial para manter algum espírito de ufanismo ou uma réstia de otimismo.

Até a propaganda de produtos e serviços, de um modo geral, embute uma pesada dose de fantasia e, muitas vezes, de falsas informações. As taxas de juros apregoadas pelo sistema, no mais das vezes, são bem inferiores as realmente enfrentadas pelos usuários do crédito.

As garantias oferecidas por produtos ou serviços não são, no mais das vezes, respeitadas. Planos de Saúde e de Previdência Complementar, acabam fazendo uso da boa fé dos cidadãos e não oferecem aquilo que foi apresentado ou vendido e que eles publicizaram!

Até os famosos dados de desemprego hoje, grande trunfo do governo, sofre processos na sua divulgação. Recentemente, depois de um sério conflito entre a instituição geradora das informações e o governo central — no caso o IBGE –, porquanto o IBGE apresentou dados mais completos e mais abrangentes e que superavam em mais de dois pontos percentuais os valores apregoados e vendidos pelo Governo Federal de Dilma como seu grande êxito, foram objeto de questionamento e de não aceitação da divulgação pelo governo russo.

Outrossim, é bom que se diga que, na demonstração do alardeado pleno emprego, não se levavam em consideração os vinte milhões de assistidos pelo bolsa-família e aquele contingente de trabalhadores hoje conhecidos como Nem, nem! Ou seja, os que nem trabalham e nem procuram emprego!

E por aí vai, lamentavelemte, o país da piada pronta, da mentira deslavada, do cinismo e da hipocrisia que tira, do sério, qualquer um que se considere um cidadão! Vive-se um momento em que vale a frase de Millor Fernandes: “Ou restaure-se a moralidade ou nos locupletemos a todos”.

O cenarista se desculpa aos seus fiéis leitores e dedicados amigos, pelo desabafo que se deve já ao tempo, senhor da razão e do cansaço, além da frustração, do desencanto e da crise de esperança que toma conta de quem já viveu e já cansou de aguardar uma mudança de rumos e de perspectivas.

AGORA É QUE O BICHO VAI PEGAR!

Depois da última pesquisa sobre as preferências do eleitorado quanto aos candidatos à Presidência da República, o quadro político mudou por completo. O empate de Dilma e Marina e a queda de cinco pontos percentuais de Aécio, promoveram uma reviravolta geral nas hostes das campanhas dos candidatos.

A primeira pesquisa revelou algo que assustou bastante Dilma e o PT: Marina ganharia por mais de dez pontos percentuais da Presidente, em um possível segundo turno! E os temores dos governistas é de que, não apenas Marina venha a ser o adversária de Dilma mas, pasmem, poderia ganhar logo no primeiro turno! Nos pesadelos de Dilma, uma outra hipótese indesejável e totalmente fora de cogitação, seria aquela em que a Presidente se veria fora do segundo turno, tendo que apoiar Marina ou Aécio!

A hipótese de Marina ganhar no primeiro turno é uma hipótese possível mas muito pouco provável. A segunda hipótese, seria aquela em que Dilma teria que assistir uma disputa entre Aécio e Marina, parece não assustar as hostes petistas, considerada uma hipótese absurda!

Hoje os brasileiros terão acesso a uma nova rodada de pesquisas. E, como se presume e espera, a tendência é a de que não se altere, em muito, os dados da sondagem anterior, embora sejam reveladas mudanças nas disputas estaduais, já repercutindo a disputa nacional! E as tendências de mudança nas preferencias do eleitorado em cada ponto do território começam a ser influenciadas pelas alterações ocorridas no cenário nacional.

É claro que se as coisas piorarem para Dilma e para Aécio, então a campanha vai “pegar fogo” pois, no salve-se quem puder, quem talvez seja alvo de maiores críticas e seja aquele candidato a sofrer as maiores críticas será, com certeza, Marina Silva.

Aliás, já no fim de semana que passou, Marina foi acusada de superficial nas propostas; inconsistente nas idéias e insegura nas afirmações, como foi o caso das declarações sobre o casamento homossexual. Também, procuram os adversários de Marina advertir para o fato de que essa sua idéia de “uma nova política” leva a que ela tenha dificuldades de construir a necessária governabilidade e a exigida sustentação parlamentar, caso venha a ser ungida Presidente.

Também a crítica ao que Marina declarou que iria buscar os melhores nomes e competências em quaisquer partidos ou quadros, mostrou, para os seus adversários, algo muito ingênuo e sem base objetiva.

Em resumo, Marina terá que manter o equilíbrio emocional diante de acusações relacionadas ao avião usado na campanha até agora; a amizade com Teca, uma socialite dona do Itaú; as críticas relacionadas ao seu xiitismo; as posições políticas do marido, entre outras, são coisas menores mas que, não bem conduzidas na forma de explicá-las, podem mudar opiniões dos menos precavidos. Intrigas politico-eleitorais são naturais quando o desespero bate à porta de quem se sente ameaçado.

A acusação que pode criar maiores embaraços à Marina, é que ela é “farinha do mesmo saco”! Ou seja “trocá-la por Dilma é trocar seis por meia dúzia” ou ainda que “Marina é uma petista que, se eleita, será monitorada por Lula e companhia”. Ora, tudo são hipóteses ou jogo de interesses que, ao que se imagina, em outras circunstâncias, poderia alterar o curso do processo.

Ademais, a experiência histórica demonstra que, quando alguém se alça ao poder, não importa se foi conduzido até lá pelo seu presumido criador, cessa a sua dependência e lealdade ao mesmo e, colocado o traseiro na cadeira presidencial, o eleito acha que ali chegou apenas pelos seus méritos ou, no máximo, “por uma concessão de Deus a alguém tão especial”.

Apenas sabe-se que, por exemplo, Aécio deverá mudar o tom de suas críticas, acentuá-las
em relação à Dilma e continuar considerando que Marina é apenas uma espécie de ilusão de ótica, rasa, rasteira e sem projeto para o País. Quanto ao discurso de Marina será sempre a da conciliação nacional, do entendimento e fazer com que a política seja um instrumento a serviço do povo e não esse espetáculo deprimente que tem sido o exercício de tão nobre atividade e missão!

Marina parece pronta a revelar e a discorrer sobre as inconsistências de propostas — mudança com Dilma é como “raposa tomando conta de galinheiro” — de declarações do tipo “os 14 mil médicos cubanos estão atendendo a cerca de 50 milhões de brasileiros” o que, fazendo uma pequena conta, revelaria que, os 400 mil médicos brasileiros estariam, como que, sobrando. Isto porque, esses médicos estrangeiros, estariam atendendo, cerca de 4000 pacientes, cada um deles! Nessa estatística os 400 mil brasileiros estariam subutilizados ou sobrando médico país afora.

Mas, pelo andar da carruagem, o cenarista ousa fazer uma afirmação perigosa e de risco: hoje é muito difícil alterar a tendência de comportamento da população em relação as suas escolhas. A rejeição ao PT e a Dilma, só tem tendido a crescer, em todas as regiões do País. Aécio ainda não disse a que veio e simplesmente é o mesmo do mesmo! Os brasileiros estão começando a sentir os efeitos do baixo crescimento e a da resistência da inflação e ceder o seu ímpeto. Ademais, a desconfiança na política econômica, nas instituições e o pessimismo que já alcança a população como um todo, são fatores que não permitem antever uma reversão de tendência e, com isto, uma mudança substancial de quadro.

Pela avaliação do cenarista, só mesmo um grave acidente de percurso poderá mudar o curso dos acontecimentos e tirar Marina da disputa final do pleito.